Tirar a camisa
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Renan
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Projeto Carnaval 2020 Empty Projeto Carnaval 2020

Dom 27 Out 2019 - 19:26
Olá, fórum!
Me chamo Renan, encontrei esse fórum buscando sobre a temática (conhecia os blogs citados nos tópicos), e hoje que descobri esse fórum onde poderá haver troca, decidi que era hora de não apenas ler mas também participar e compartilhar o projeto que determinei há meses e não cumpri ainda sequer uma linha dele. Não fiz nada a respeito para realizá-lo, nada nada. Antes de explicá-lo, contarei um pouco da minha história dentro da temática do fórum. É uma história com altos e baixos, mas verdadeira.

Peço desculpas se ficar longo, e provavelmente ficará, pois sou muito prolixo e detalhista.
Vou relatando por capítulos pois acho que pode ficar mais interessante caso alguém queira ler.

CÁP. 1 - A INFÂNCIA
Assim como muitos relatos que li, também tive grandes problemas com ficar sem camisa na infância.
Não sei onde isso começou, mas sempre foi problema.
Eu fui uma criança alta e magra. Ficava sem camisa na praia e na piscina (porque todo mundo também estava), mas NUNCA fora dessas situações, e mesmo nessas situações sentia uma certa vergonha.
Tenho uma lembrança curiosa dos meus 10 anos, um domingo na casa da minha avó, num dia típico paulistano que começa frio e vai ficando bastante calor ao longo dele. Eu estava de blusão já que de manhã tinha feito frio, e minha mãe disse pra tirar o blusão por conta do calor que fazia aquele horário. Eu tirei o blusão, mas estava de camiseta por baixo. Minha tia, de costas pra mim, mexendo em algo no fogão, me falou "quer uma camisa minha, Renan?". Ela não tinha visto que eu estava com uma camiseta por baixo e pensou que eu tinha ficado sem. Eu rapidamente respondi "EU VIM COM UMA CAMISA POR BAIXO". Lembro de ficar altamente constrangido só de pensar que a minha tia supôs que eu ficaria sem camisa ali, na frente de todo mundo (haviam outros parentes na cozinha).

CÁP. 2 - PRÉ-ADOLESCÊNCIA e a VERGONHA de USAR BERMUDA
Aos 11 anos, em algum momento decidi que não usaria mais short nem bermuda. Comecei ter vergonha das minhas pernas (que não tinham nada demais, sempre foram pernas bem nutridas, a parada era psicológica, achava um escândalo alguém ver meus joelhos). Isso se estendeu por um bom período da minha adolescência. Podia estar o calor que fosse, eu usava calça. A exceção era quando ia na praia, porque "todo mundo estava assim também", mas em qualquer outra situação, NUNCA.

Me sentia constrangido quando via outros garotos sem camisa, de bermuda, pois pareciam tão livres, tão mais garotos que eu, e sentia que havia algo de muito anormal comigo. Quando tinha aula de Educação Física eu não participava, em grande parte por medo, medo dos outros garotos (que eram mais brutos que eu), falta de habilidade, e ficava surpreso como eles tiravam a camisa até na frente das meninas, nem aí pra nada.

Aos meus 12 anos começou no Brasil a moda dos garotos deixarem a cueca a mostra, usarem a calça mais baixa, e eu ficava muito surpreso também com isso, como os garotos tinham essa ousadia, deixavam a cueca aparecendo perto das meninas, às vezes erguiam a camisa pra elas verem, e eu um bichinho assustado. Havia um colega de classe super popular que nas aulas de Educação Física praticava até um exibicionismo, tirava a camisa, deixava a bermuda/calça bem baixa e vivia abaixando-a mais e mais, se mostrava pras meninas e pros outros meninos também (havia uma espécie de admiração de todos por ele, um respeito), baixava a cueca mostrando a bunda fazendo graça, ajeitava os documentos, coçava, totalmente confiante, enquanto eu tinha pudores infinitos. Sentia muita vontade de ser como ele e como os outros, mas até em casa (na verdade, PRINCIPALMENTE EM CASA, na frente da família) tinha uma vergonha pavorosa de que minha família me visse sem camisa ou de bermuda.

CÁP. 3 - ADOLESCÊNCIA e algumas SUPERAÇÕES
Aos 15 anos veio vontade de mudar esse cenário. Os hormônios com força, a vontade de causar atração, me fizeram ter algumas atitudes.
Comecei fazer exercícios em casa, mas fazia tudo errado. Eu era um adolescente alto, tinha o braço fino, era "magro" mas tinha tetinha, um pouco de barriguinha pois sou de uma família gulosa, que desconta as coisas (boas e ruins) na comida e eu herdei esse hábito. Tinha feito natação por alguns anos e isso me ajudou a ter ombros e costas largas, que tenho até hoje. Mas o corpo não era atlético e eu tentei mudar, provavelmente tudo errado pois não tive resultado.
Uma coisa que eu fazia bastante era ANDAR por aí. Caminhava muito. E foi numa dessas caminhadas que tive uma primeira ruptura.

Com 15 anos passei a estudar de noite, tendo manhãs e tardes livres. Antes eu caminhava de tarde, passei a caminhar de manhã. Motivo: o parque estava mais vazio e no horário do meio-dia o Sol estaria tão forte que haveria razão pra ficar sem camisa no parque.

Lembro até hoje a primeira vez que tirei a camisa no parque. Estava sentado no gramado, de frente pro lago, no Sol forte das 11 da manhã. Relutei, relutei, e tirei. Ainda baixei um pouco da calça, propositalmente, pra minha cueca aparecer, como os demais garotos deixavam. Incrível como me lembro desse momento. Era um tabu muito grande sendo quebrado.  Achei que todos me olhavam, que todos reparavam em mim. Não lembro se já nesse dia que eu saí andando pelo parque assim, mas comecei a fazê-lo.
Teve um dia que SAÍ do parque sem camisa e com a calça baixa e cueca a mostra, pra mim aquilo era enfrentar leões. O parque fica numa avenida bastante movimentada e eu achava que todos os carros estavam me olhando e julgando.
Nessa época, fui para a praia com a família. Quando estava perto deles ficava sem camisa (com certa vergonha) e a bermuda na altura certinha da cintura (só estava de bermuda pois estávamos na praia). Em algum momento me afastei deles, falei que ia caminhar, e fui. Quando estava bem longe, sem camisa, baixei a bermuda exibindo a cueca e andei pela praia toda, fiz questão de passar perto de onde estavam umas meninas, me sentindo livre pois ninguém me conhecia.

Aos 16 perdi a vergonha de usar bermuda na cidade.
Lembro até o dia: 12 de outubro! Um sábado! Estava Sol e eu simplesmente decidi que ia no parque de bermuda. Veio um impulso, só decidi, vesti uma e fui. Lembro de me sentir muito bem. No parque ainda tirei a camisa, baixei a bermuda deixando minha cueca a mostra, e caminhei com o parque LOTADO, no meio das pessoas, livre, leve, exposto e tranquilo. Lembro das sensações desse dia até hoje. Foi uma superação.
Quando cheguei em casa, já com a camiseta vestida, minha mãe estava ao telefone, e quando me viu entrando de bermuda interrompeu o que falava no telefone e disse: "NOSSA, VOCÊ SAIU DE BERMUDA?... É, O RENAN CHEGOU AQUI, ELE FOI PRA RUA DE BERMUDA! COISA INÉDITA!". Fiquei um pouco envergonhado da minha mãe me ver de bermuda, e também por ela perceber o quanto aquilo era incomum, mas estava satisfeito.
No último ano de ensino médio fui estudar em um colégio no qual não havia necessidade de uniforme.
Na primeira semana só fui de calça. Já na segunda semana, numa quarta-feira, fui de bermuda. Ainda um tanto assustado com a atitude pois esse episódio que relatei do parque foi em OUTUBRO de 2002, essa cena que estou contando agora foi em FEVEREIRO de 2003. Entre esses 2 períodos, só tinha usado bermuda pouquíssimas vezes, nunca no colégio. Fui pro colégio de bermuda e uma menina que sentava ao meu lado comentou. Foi outra superação, passei a ir de bermuda pra lá quando queria, fui perdendo esse receio até perdê-lo completamente.

CÁP. 4 - JUVENTUDE e vivendo sozinho em OUTRA CIDADE
Aos 19 anos fui fazer faculdade no interior de São Paulo, longe da família e de todos que conhecia.
Naquela cidade fazia muito, muito calor mesmo. Os primeiros rapazes com quem dividi casa ficavam sem camisa praticamente o tempo todo e eu fui no embalo. Se precisava ir ao centro, tirava a camisa pra caminhar.
Foi nessa cidade que comecei pela primeira vez a fazer academia, e isso condiz com o objetivo principal desse tópico que estou abrindo. Eu sempre quis ter o corpo bacana, nada exagerado, mas sempre lamentei ter bracinho fino, ter barriguinha, ter tetinha. Ali, comecei uma academia.

* * * *
E é curioso isso e eu gostaria que, se alguém se identificar com isso, que compartilhe por favor: sinto uma espécie de vergonha de pensar em ter o corpo definido. De pensar na minha mãe, na minha irmã, meu pai, meus parentes, vendo meu corpo definido, fortinho. É até estranho falar sobre isso, colocar isso em palavras. Tenho um constrangimento grande disso. Vai ver porque eu não acredito que eu seja capaz ou acredite que isso vai demonstrar uma força, uma braveza que eu não tenho. Sinto que ainda preciso falar mais sobre isso por aqui, outro dia. Talvez, quem sabe, um futuro tópico só sobre isso. Estou em dúvida se alguém está mesmo lendo esse relato imenso, huahaha.
* * * *

Nunca tive grandes resultados com a academia. Houve uma época, aí pelos meus 19, 20, 21, que emagreci bastante. Sequei. Sem tetinha, sem pneu, sem barriga. Mas defini pouco. Os instrutores estavam nem aí, até olhavam feio quando você perguntava algo. Naquela época (2006-2007-2008) a internet não tinha tantas informações, treinos pelo youtube... o ambiente de academia intimida um pouco, eu ainda fico intimidado até passando em frente a uma. Tive resultados naqueles anos, mas baixos.
Morar sozinho, longe de família, longe dos amigos "de sempre", me trouxe muitas saudades, mas muitas liberdades. Pude experimentar muitas coisas que queria e algumas delas envolvia poder ficar sem camisa.

CÁP. 5 - PÓS-FACULDADE
Aos 24 anos, com faculdade concluída, voltei a morar em São Paulo com meus pais.
Sinto que aí a vida começou a bugar. Ok que o fórum não é sobre isso, mas acho que os assuntos estão relacionados de certa forma, pois o modo como nos colocamos, nos vestimos ou nos despimos, diz muito sobre como estamos e somos.
Logo que voltei a morar em São Paulo, primeiros meses enquanto estava desempregado, ia no parque (o mesmo parque dos meus 15 anos) correr e tirava a camisa quando ficava no deck olhando o lago. Vinham pessoas perto e eu ficava constrangido mas gostava disso. Sabia que estavam achando que eu era um cara normal, que tinha sido um garoto normal como todos os outros, descamisado, confiante, e não que tivesse um passado tão retraído.
Tive alguns problemas pessoais naquele ano de 2011.
Na verdade eu já vinha de alguns problemas por conta do meu último ano de faculdade (2010), no qual tive um relacionamento que hoje eu noto como me foi PROBLEMÁTICO, como deturpou minha cabeça, com consequências que sinto ATÉ HOJE. Incrível que só percebi isso bem recentemente, analisando de onde haviam partido algumas ideias que fritam minha cabeça. Já em 2011, tive duas relações também complicadas: uma no começo do ano que acabou super mal e me deixou zuado por longo período,. e outra na segunda metade do ano na qual escutava muito reclamações de que eu estava "gordo", e isso mexeu com meus complexos.

CÁP. 6 - A QUEDA
Em 2012 a coisa complicou mais.
Comecei um emprego no qual fiquei por 4 anos e me trouxe muitas coisas ruins como inseguranças, tensões, complexos, tristeza e PESO. Muitos quilos! Engordei muito, muito.
Não fazia exercício e descontava todas minhas frustrações na comida. Odiava meu emprego, o ambiente era de muita pressão, te puxava pra baixo, muita tensão, sugava toda minha energia e eu descontava comendo. De 2012 a 2016 foram anos perturbados.
Tive uma única tentativa quase bem sucedida de mudança em 2015. Um amigo, consideravelmente mais jovem que eu (tenho amizades com pessoas de 50 anos e 16 anos, converso e mantenho contato com qualquer pessoa que me agrade), ele contou que havia ido numa balada de adolescente e passado o rodo, e nisso eu me dei conta o quanto a minha vida sexual não existia mais.
Desde que havia começado naquele emprego, tinha tido ainda algumas aventuras sexuais no começo, que aos poucos pararam e zeraram. Me comparei com ele, com os amigos dele, me senti tão frustrado por não estar mais tendo vida sexual enquanto adolescentes tinham, frustrado pelo quanto meu corpo parecia mais velho do que realmente era, e tentei mudar. Comecei a regular o que comia e fazer uma caminhada longa quando voltava do trabalho. Durou um tempo e teve certo resultado. Mas bastou eu arranjar um sexo (tinha ficado desesperado por não estar tendo mais, aí fiz que fiz que arranjei uma amizade colorida) e tudo desandou. O sexo entrou pra lista de alívios à frustração que sentia, junto com a comida. Comer, transar e, posteriormente, beber, se tornaram meus alívios. Minha energia que sobrava agora era pra sexo.

Comecei a beber bastante, a transar viciosamente (nunca paguei sexo mas tinha essa amizade colorida, para quem hoje, olhando após todos esses anos, vejo que fiz mal, pois viciei e na época a fiz viciar no sexo também, e ao contrário do que isso pode sugerir, não era algo bacana e saudável, era um sexo carregado, viciado), e comer, basicamente vivia pra beber, transar e comer, afogando as frustrações de trabalhar num lugar que odiava, não ter atitude pra mudar e ter vergonha do meu corpo. Tive, antes do álcool, um período com drogas, mas me fez tão mal e gastar tanto que logo pulei fora. Estacionei no álcool, no sexo e na comida.

Um dia, em 2016, prestes a completar 30 anos, decidi ir embora. Pedi demissão. Levei um tempo pra me desintoxicar daquele ambiente complicado. Tive pesadelos e tensões por meses ainda. O vício em sexo com a amizade colorida também levou um tempo pra passar. Me fez sofrer bastante quando a pessoa passou a namorar e eu fiquei sozinho. Minha auto estima ficou péssima. Mas foi passando. O álcool também foi saindo aos poucos. Já não tinha mais o mesmo salário pra bancar esse vício e já não sentia mais tanta necessidade.

CÁP. 7 - RENASCIDO
2017 foi o ano em que renasci.
Comecei a estudar a área que gosto e a desenvolver e experimentar projetos nela.
2017 e 2018 foram anos bem resolvidos no quesito psicológico da coisa, porém, mal resolvidos no campo estrutural. A vida tá longe de estar como deveria estar, e nem vou dizer que está como pode, pois acho que poderia estar mais. Mas comparado aos anos citados acima, tá bem melhor.
E o ficar sem camisa?
Bom, de 2012 pra cá, só fiquei sem camisa quando fiz sexo e quando estive em praias e piscinas. Sozinho em casa até fico, mas se tem alguém, não fico. Os anos de emprego ruim e frustrações me fizeram sequer pensar nisso, sequer lembrar disso, pois o meu corpo engordou bastante e aí que chegarei, enfim, no capítulo principal, que é o atual.

CÁP. 8 - 2019, O ANO DA LUZ
Ano da luz pois foi o ano em que algumas verdades vieram pra luz, coisas que antes não tinha me dado conta ou ignorava.
Foi logo ao começo do ano.
Notei que a geração de adolescentes de agora é ainda mais sexualizada do que a minha. Que os garotos andam vaidosos, acredito que muito por conta das redes sociais. Andam vaidosos, exibidos, descamisados, treinando, já com corpos bacanas, assim como as meninas também andam mais exibidas e definidas.

Estou com 33 anos. Tenho cara de jovem (todos acham que tenho uns 25), mas meu corpo tá bem longe de como poderia estar. Tenho braços finos, ao mesmo tempo que tenho tetinha, barriga, pneu, nada definido, nada firme, tudo meio caído. É uma pena pois tenho altura, tenho ombros largos, poderia ter porte, poderia ter um corpo bacana, mas nunca tive força de vontade o suficiente.

O carnaval de 2019 foi onde tudo isso que citei nesse capítulo ficou muito claro.
Senti uma espécie de chamado de "acorda Renan, você já não é tão jovem, em breve vai ser menos ainda, se você não aproveitar agora, vai aproveitar quando?".
Veio uma ansiedade grande em querer aproveitar, acredito que estimulada pelas redes sociais, uma vontade grande de aproveitar, e fiquei bem triste já antes, bem triste mesmo, pois já presumia que não conseguiria, que não poderia, não sou mais jovem, não deveria estar fazendo isso nem querendo isso. Vontade de morrer, de desaparecer, vergonha, tudo junto.

Teve o Bloco Casa Comigo na Faria Lima no qual eu iria e não fui, e um dos motivos foi medo.
Fiquei tão indignado, mas tão indignado com esse medo, que decidi que no dia seguinte iria em qualquer um. Amigos me chamaram pra ir na Faria Lima no dia seguinte pois teria outro bloco grande, e fui.
É bem curioso o que observei. Vinha sentido grande frustração por achar que a minha juventude tinha ido e que a juventude de agora tinha mais chances, mais oportunidades, mais sexo do que a minha, mais liberdade.
Eu confirmei no carnaval que é assim mesmo E TAMBÉM NÃO É. É menos do que parece. A propaganda é melhor do que o real. Você chega lá e algumas coisas corresponde com o que dizem, outras não. Não vi taaanta gente assim se pegando. Não vi taaaanta putaria assim, e fui em 3 dias, 3 blocos diferentes.

O terceiro e último bloco que fui, no Ibirapuera, num dia que estava muito calor, foi quando me deu o START que enfim chega ao assunto do tópico.
Foi chegando no bloco, via os garotos descamisados, muitos e muitos grupos de rapazes sem camisa, alguns de cueca em pleno meio da avenida, e fiquei muito deprimido. Com inveja daquela liberdade, daquela juventude, daquele desprendimento. Me senti de volta à minha pré adolescência. Eu com vergonha do meu corpo, um corpo que não corresponde com a idade que tenho, enquanto os rapazes (alguns bem jovens mas alguns por volta dos 30 também) livres, sem camisa, soltos.
Fiquei triste de verdade. Até falei pro meu amigo que estava comigo. Lembro que na hora de voltar choveu, e no ônibus que eu estava subiram vários adolescentes descamisados, e eu pensando "nossa, como essa geração é mais livre, na minha época não tinha bloquinho, não tinha tanta pegação, como eles são livres,e eu ainda o mesmo bichinho assustado de 20 anos atrás".

Decidi ali que no carnaval 2020 seria diferente. Teria 1 ano pra me preparar. Pra ter o corpo que eu gostasse, que pudesse exibi-lo. Poder ir pro carnaval sem camisa, com o mínimo de roupa possível, como eu quisesse. Me sentir livre, poder andar sem camisa no metrô, no centro da cidade, sem vergonha de mim.

Fato é que passaram-se 8 meses e eu não fiz NADA. Porra nenhuma.
E aí hoje me deparei com esse fórum. E pensei tentar essa estratégia: ir postando aqui uma espécie de "evolução" até o carnaval 2020. Sei que o carnaval 2020 será no início de fevereiro, ou seja, tem pouquíssimo tempo, sei que não vou conseguir um baita resultado até lá, mas algum resultado mínimo desejo conseguir. Falta pouco, tem festas de fim de ano no meio, mas quero tentar

Tirei essa foto hoje, 27 de outubro de 2019:

Projeto Carnaval 2020 10_27_11

Como podem ver, é um corpo cheio de gordura localizada.
O triste (e, ao mesmo tempo, lado bom) é que sei que, se eu quisesse, poderia estar bem diferente. Poderia estar andando sem camisa, livre, presente, confiante.

Quero mudar meus hábitos, fazer muito mais exercícios, e ir postando aqui a respeito. Quem sabe tendo um compromisso e testemunhas, a coisa fique mais fácil e eu consiga realizar esse plano: carnaval 2020, sem camisa (e sem vergonha) nos blocos. Veremos!


Última edição por Renan em Dom 27 Out 2019 - 21:16, editado 13 vez(es)
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Projeto Carnaval 2020 Empty Re: Projeto Carnaval 2020

Dom 27 Out 2019 - 19:32
Peço desculpas novamente pelo texto tão longo, não sei se dei muitas informações que não eram necessárias, sei que podia ter explicado tudo em poucas linhas, mas foi uma forma de mostrar os antecedentes, a situação atual e onde eu pretendo chegar.
Desde já, obrigado pelo espaço, não sei se alguém lerá tudo isso, mas ficará registrado como compromisso.
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Projeto Carnaval 2020 Empty Só mais uma coisa!

Dom 27 Out 2019 - 20:00
Sei que o objetivo desse fórum não é exatamente esse de evolução corporal, exercícios, etc. Aqui é sobre a vergonha de ficar sem camisa. Porém, creio que os assuntos estejam ligados de alguma maneira. Acho super bacana (de verdade) quando vejo caras que não tem o corpo padrão sem camisa por aí, nem aí pra isso. No carnaval quando via algum cara mais cheio, sem camisa, achava super legal. E não quero que os caras que tenham esse corpo e que se sintam bem com ele passem a não gostar. Mas é um desejo meu, antigo, dar uma mudada. O meu corpo desse jeito como está atualmente, já está assim há muitos anos. Quero viver a experiência de poder mostrá-lo e gostando do que estou mostrando. Me sinto frustrado por tão poucas vezes ter experimentado isso. E creio que isso não passa longe do tema do fórum pois é preciso ser trabalhada uma certa vergonha e teremos outras ideias pra trocar em outros tópicos.
Enfim, perdão por me explicar tanto. Tempos atuais deixam a gente cheio de medo achando que estamos fazendo besteira. Vlw!
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Projeto Carnaval 2020 Empty Re: Projeto Carnaval 2020

Dom 27 Out 2019 - 21:28
Seja bem-vindo, Renan!

Não tem nada que se desculpar pelo post longo. Não achei prolixo, mas sim detalhista. E quanto mais detalhes, melhor, pois ajuda a contextualizar tudo. Até porque o fórum não tem limite de caracteres para as mensagens (até onde eu sei).

Achei sensacional o seu relato, pois vi muita sinceridade nele! Já "chegou chegando" logo em sua primeira participação no fórum. Muito bom!

Pelo que vi, a sua "neura" - ao menos atualmente - é com o seu próprio corpo. Em primeiro lugar, eu diria que postar a sua evolução corporal está sim relacionado com o assunto. Não tem como dissociar uma coisa da outra no seu caso. Portanto, não se preocupe quanto a postar isso aqui. Isso tem um potencial enorme de ajudar quem estiver na mesma situação.

Eu costumo dizer que quando estamos insatisfeitos com o nosso próprio corpo só há duas formas de resolver isso: ou aceitamos o nosso corpo como ele é ou trabalhamos para mudá-lo. No seu caso, parece que mudar é a única solução que você considera aceitável.

Por algum tempo, eu já tive vergonha do meu próprio corpo. E não estou falando de ficar sem camisa. Eu tinha vergonha do meu próprio corpo mesmo vestido. Eu sempre fui muito magro. Até hoje sou. Tenho 1,77 m de altura e peso somente 55 kg! O meu "recorde" foi 58 kg há alguns anos atrás. Nunca passei disso. Assim como você, já tive vergonha de usar bermuda. Cheguei a passar vários anos sem uma única bermuda em meu guarda roupa. Depois passei a usar só em casa, mas sair na rua de bermuda, nem pensar! Eu tinha vergonha de mostrar as minhas canelas finas. Mais tarde, quando virou moda o pessoal usar aquelas calças de tactel bem largas, aderi prontamente, pois o excesso de pano ajudava a disfarçar a real espessura de minhas pernas. O que depois se provou uma tremenda bobagem, pois eu ficava parecendo um "cabo de vassoura vestido" e não me dava conta. Depois de um tempo, eu não sei exatamente o que aconteceu, mas deixei de encanar com isso. Hoje eu aceito o meu corpo como realmente é e entendo que a minha magreza não é um defeito, mas sim uma característica minha, uma particularidade. Aliás, assim como você, eu também não aparento a idade que tenho. Quando eu digo para as pessoas que tenho 32 anos de idade, elas ficam chocadas, pois juravam que eu era bem mais novo. Creio que é a minha magreza que causa essa impressão, pois é como se eu não tivesse "me desenvolvido" e isso deve fazer eu parecer mais jovem. Não é uma característica que eu goste, pois muitas pessoas associam a minha aparência mais jovem a uma presumida imaturidade.

Achei legal você elogiar o pessoal que não tem um corpo padrão e sai sem camisa por aí assim mesmo. Pois eu penso da mesma maneira. Ficar sem camisa não pode ser privilégio e exclusividade só de quem tem um corpo padrão. Quem está à volta precisa entender que não existe apenas um tipo físico ou um único tipo aceitável. E isso é o que mais me incentiva sair sem camisa por aí mostrando como eu realmente sou. Talvez as pessoas vendo que eu não tenho um corpo "padrão" se sintam incentivadas a não se preocupar com o próprio corpo.

Bom, eu já falei demais de mim. Vamos à sua questão. Se você faz questão de melhorar o seu corpo até que você se sinta satisfeito com ele, terá de fazer o que for necessário para tal. Infelizmente eu não sou a pessoa mais adequada para falar de educação física, pois eu mesmo nunca sequer pisei em uma academia! Você disse que no passado fez as coisas do jeito errado e, por isso, os resultados não vieram. Então o primeiro passo é se informar. Comece pela alimentação. Busque se informar, com fontes confiáveis, que tipo de alimentação é a mais adequada para alcançar o seu objetivo. Isso, na minha opinião, é a base de tudo. Sem ela, nada se sustenta. Depois busque se informar que tipo de exercícios você pode fazer e, principalmente, veja quais podem ser feitos em casa, para não depender só de academia. E, principalmente, veja se você consegue mais alguém para fazer os exercícios com você. Pois ajuda a mantê-lo motivado, um incentivando o outro. Sei que foram dicas bastante genéricas, beirando a obviedade, mas, como eu disse, eu não tenho especialização e nem experiência nessa área, então isso é o máximo que consigo fazer.

Só tem um detalhe: ainda que você esteja disposto a trabalhar para mudar o seu físico até chegar a um ponto que lhe agrade, não caia no erro de deixar para só tirar a camisa quando chegar ao seu objetivo. Nada disso! Busque superar a vergonha de ficar sem camisa enquanto busca melhorar a sua forma física! Faça esse desafio para si mesmo. Comece agora (e conte conosco para ajudá-lo).

Vendo a foto de seu corpo, não achei tão "zuado" assim como você disse. Está fora de forma? Está! Mas ainda dá para notar que alguma definição ainda permanece do tempo em que você fez academia. Como foco e fé eu acho que você consegue ficar com a forma desejada dentro do prazo que você estipulou. Só tem que começar.

Continue postando aqui suas dúvidas e suas experiências. O fórum está aqui para isso! Wink
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Ricardo_tac
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Seg 28 Out 2019 - 0:47
Renan !!! Adorei o seu texto, e pelo menos 70% dele é a minha vida !!! até a vergonha de usar bermuda !!!! Leia meu relato e compare !! o meu também é longo, e aqui neste forum é aénas um " resumo " do tanto q já tinha escrito em um extinto blog ! O Lucas sabe o quanto eu já escrevi ! Li seu relato todo , e não é longo, deu até um gostinho de " quero mais " !! e vou querer mais, principalmente vc nos contando que está evoluindo !! Estamos aqui para nos ajudar !! Eu tive um lance com Carnaval que está relatado no meu resumo , e vejo como nos identificamos , como nossos problemas são mais comuns do que imaginávamos !!
Quando eu tiver mais tempo, explico melhor, e como o Lucas sabe tenho até foto pra comprovar !! Depois continuo...!!! Bem-vindo !
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Seg 28 Out 2019 - 9:28
Parabéns pelo texto Renan! Não ficou longo não, tava ótimo pra ler. Um texto com detalhes é sempre bom pois muita gente pode se ver no que vc está relatando. Vc tem idade parecida com a minha, então todas as "tendências" de moda que vc relatou eu tb passei. Apesar de eu não ter tido muitos problemas pra ficar sem camisa na adolescência, uma coisa que me chamou a atenção foi a calça baixa com a cueca aparecendo. Isso era muito comum na escola onde estudava. Alguns garotos, pra impressionar as meninas, botavam a cueca baixa tb pra aparecer a bunda e os pentelhos. Tinha até uma disputa pra ver quem tinha mais pentelhos. Coisas da puberdade, que acabava sendo bem intimidador.
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Seg 28 Out 2019 - 14:45
Lucas S escreveu:Seja bem-vindo, Renan!

Não tem nada que se desculpar pelo post longo. Não achei prolixo, mas sim detalhista. E quanto mais detalhes, melhor, pois ajuda a contextualizar tudo. Até porque o fórum não tem limite de caracteres para as mensagens (até onde eu sei).

Achei sensacional o seu relato, pois vi muita sinceridade nele! Já "chegou chegando" logo em sua primeira participação no fórum. Muito bom!

Pelo que vi, a sua "neura" - ao menos atualmente - é com o seu próprio corpo. Em primeiro lugar, eu diria que postar a sua evolução corporal está sim relacionado com o assunto. Não tem como dissociar uma coisa da outra no seu caso. Portanto, não se preocupe quanto a postar isso aqui. Isso tem um potencial enorme de ajudar quem estiver na mesma situação.

Eu costumo dizer que quando estamos insatisfeitos com o nosso próprio corpo só há duas formas de resolver isso: ou aceitamos o nosso corpo como ele é ou trabalhamos para mudá-lo. No seu caso, parece que mudar é a única solução que você considera aceitável.

Por algum tempo, eu já tive vergonha do meu próprio corpo. E não estou falando de ficar sem camisa. Eu tinha vergonha do meu próprio corpo mesmo vestido. Eu sempre fui muito magro. Até hoje sou. Tenho 1,77 m de altura e peso somente 55 kg! O meu "recorde" foi 58 kg há alguns anos atrás. Nunca passei disso. Assim como você, já tive vergonha de usar bermuda. Cheguei a passar vários anos sem uma única bermuda em meu guarda roupa. Depois passei a usar só em casa, mas sair na rua de bermuda, nem pensar! Eu tinha vergonha de mostrar as minhas canelas finas. Mais tarde, quando virou moda o pessoal usar aquelas calças de tactel bem largas, aderi prontamente, pois o excesso de pano ajudava a disfarçar a real espessura de minhas pernas. O que depois se provou uma tremenda bobagem, pois eu ficava parecendo um "cabo de vassoura vestido" e não me dava conta. Depois de um tempo, eu não sei exatamente o que aconteceu, mas deixei de encanar com isso. Hoje eu aceito o meu corpo como realmente é e entendo que a minha magreza não é um defeito, mas sim uma característica minha, uma particularidade. Aliás, assim como você, eu também não aparento a idade que tenho. Quando eu digo para as pessoas que tenho 32 anos de idade, elas ficam chocadas, pois juravam que eu era bem mais novo. Creio que é a minha magreza que causa essa impressão, pois é como se eu não tivesse "me desenvolvido" e isso deve fazer eu parecer mais jovem. Não é uma característica que eu goste, pois muitas pessoas associam a minha aparência mais jovem a uma presumida imaturidade.

Achei legal você elogiar o pessoal que não tem um corpo padrão e sai sem camisa por aí assim mesmo. Pois eu penso da mesma maneira. Ficar sem camisa não pode ser privilégio e exclusividade só de quem tem um corpo padrão. Quem está à volta precisa entender que não existe apenas um tipo físico ou um único tipo aceitável. E isso é o que mais me incentiva sair sem camisa por aí mostrando como eu realmente sou. Talvez as pessoas vendo que eu não tenho um corpo "padrão" se sintam incentivadas a não se preocupar com o próprio corpo.

Bom, eu já falei demais de mim. Vamos à sua questão. Se você faz questão de melhorar o seu corpo até que você se sinta satisfeito com ele, terá de fazer o que for necessário para tal. Infelizmente eu não sou a pessoa mais adequada para falar de educação física, pois eu mesmo nunca sequer pisei em uma academia! Você disse que no passado fez as coisas do jeito errado e, por isso, os resultados não vieram. Então o primeiro passo é se informar. Comece pela alimentação. Busque se informar, com fontes confiáveis, que tipo de alimentação é a mais adequada para alcançar o seu objetivo. Isso, na minha opinião, é a base de tudo. Sem ela, nada se sustenta. Depois busque se informar que tipo de exercícios você pode fazer e, principalmente, veja quais podem ser feitos em casa, para não depender só de academia. E, principalmente, veja se você consegue mais alguém para fazer os exercícios com você. Pois ajuda a mantê-lo motivado, um incentivando o outro. Sei que foram dicas bastante genéricas, beirando a obviedade, mas, como eu disse, eu não tenho especialização e nem experiência nessa área, então isso é o máximo que consigo fazer.

Só tem um detalhe: ainda que você esteja disposto a trabalhar para mudar o seu físico até chegar a um ponto que lhe agrade, não caia no erro de deixar para só tirar a camisa quando chegar ao seu objetivo. Nada disso! Busque superar a vergonha de ficar sem camisa enquanto busca melhorar a sua forma física! Faça esse desafio para si mesmo. Comece agora (e conte conosco para ajudá-lo).

Vendo a foto de seu corpo, não achei tão "zuado" assim como você disse. Está fora de forma? Está! Mas ainda dá para notar que alguma definição ainda permanece do tempo em que você fez academia. Como foco e fé eu acho que você consegue ficar com a forma desejada dentro do prazo que você estipulou. Só tem que começar.

Continue postando aqui suas dúvidas e suas experiências. O fórum está aqui para isso! Wink

Lucas S, muito obrigado pela recepção, pela atenção, pelo cuidado e comentário!

Devo dizer que nos tempos atuais esse tipo de atitude me impressiona muito pois, sem querer politizar as coisas, mas os tempos atuais fizeram até eu mesmo perder empatia por vezes, ter algumas atitudes e depois pensar "por que fui tão escroto?".
Quando vejo canais do YouTube de exercícios, em que os caras estão ensinando e incentivando, querendo que você que está assistindo melhore, é algo que ainda me impressiona, a pessoa querendo o bem do outro, querendo que o outro chegue no mesmo estágio dele ou até o supere.
Acredito, não sei se estou certo ou se só estou fabricando essa informação, que ficar impressionado com isso tem a ver com a geração em que nós que nascemos nos anos 80 temos. Na minha adolescência, os colegas de escola que tive e mesmo os que se tornaram amigos (tenho amizade com alguns até hoje) era um ambiente de disputa, de humilhar, de "eu tenho e você não tem". O grupo causava isso facilmente. Penso que era um ciclo vicioso pois eu tinha um amigo, que é meu amigo até hoje, que havia sofrido bullying pesado na infância, e tinha se tornado um adolescente que alternava entre ter empatia e por vezes ter prazer em te humilhar em público. Hoje em dia, que tem a mesma idade que eu, é uma pessoa bem mais empática, mas na época, junto com o grupo, rolavam por vezes humilhações pesadas e desnecessárias.
Não sei se posso então culpar toda uma geração pois generalizar é complicado, cada um tem sua experiência, pode mudar dependendo da região.
Mas a minha experiência foi essa.
Haviam comparações mesmo na família ("o teu primo faz isso isso e aquilo, e você não?").
E cresci achando que era preciso sempre ser melhor que o outro. Que se você domina uma coisa, se você de destacou em algo, precisa ficar bem quietinho sobre aquilo, não ensinar, não incentivar, pra você ser o único.
Isso está tão enraizado em mim que quando vejo pessoas tendo atitudes como a de vocês aqui, querendo ajudar, dedicando atenção, fico muito surpreso e esperançoso, otimista.

Tenho impressão que a geração de jovens de agora é um pouco mais empática, ao menos pelo que observo nas redes. Se um cara por volta de uns 30 como nós posta uma determinada foto, lá estão os amigos (não os meus pois eu me afasto desse tipo, mas observo muito os demais) comentando: "vish, que viado" e às vezes coisas depreciativas. Já os de agora, os amigos comentam "gatão" "bonito dms", mesmo que seja num tom de zuera, não noto mais a necessidade que tinha na nossa época de puxar o outro pra baixo. Claro, ao menos esses que observei. Não posso falar por todos nem dizer que bullying, perseguição e competição não existam mais, pois sempre existirão. Mas acredito que houve uma melhora nesse quesito.

Fico otimista ao ver que caras da nossa geração, como vocês, estão dispostos a ajudar, a incentivar, a querer que o outro melhore também e tenha as conquistas. Me alonguei na introdução, comigo tudo vira textão (preciso resolver isso), então vamos ao comentário:

Sim, a neura principal no momento é em relação ao corpo que está na mesma forma há muitos anos e não tive atitudes para mudá-lo. Eu relutei usar o termo "evolução" e acabei usando mesmo assim, quis evitar pois acho um termo muito pretensioso, visto que não espero ficar grande, apenas uma mudança em relação a como está. Gostei bastante do termo que você usou: "em forma".

Concordo completamente contigo, ou a gente aceita como é, ou investe para mudar. Talvez daqui uns anos, ou ainda mais cedo do que imagine, chegue um momento em que eu precise aceitar como é. O que me faz não querer optar por isso agora é que tenho ciência de que posso mudar se eu quiser. Não tenho hábitos de comer fritura, coisas pesadas, sou super chegado numa saladinha, num frango, numa coisa mais saudável. O problema é que sou muito sedentário, tomo refrigerante todos os dias e bem chegado num doce. Esses últimos pontos precisam ser mudados. Inclusive pela saúde porque nós que já passamos dos 30 já notamos uma coisa básica: envelheceremos. Algo que a gente sempre soube que acontecerá, mas creio que na faixa dos 20 é algo tão distante que a gente não se dá conta de verdade que ocorrerá.

Agradeço pelo relato pessoal que compartilhou, acho isso importantíssimo e super válido, visto que, como citei na longa introdução, vim de um tempo de competição, de não mostrar fraquezas, e podermos expor aqui nossos complexos gerando essa troca faz ver que muita coisa que passamos, outros também passaram. E gostei bastante pelo fato do teu relato mostrar uma realidade diferente, eu havia citado os corpos mais cheios pois é o caso em que me enquadro, mas existe também o caso dos corpos magros e é sempre interessante expandir a visão assim, ver que existe além do que enxergamos. E é curioso, pois relendo o meu relato eu vi que por vezes uso termos depreciativos a meu respeito (coisa que um amigo já alertou que faço muito), mas não penso o mesmo a respeito do outro. E isso não vale apenas para questões corporais, vale para outras também. "Os outros tudo bem se for de um jeito tal, comigo tem que ser perfeito". Preciso melhorar isso.
Me impressionou ver que não só o seu relato mas também o comentário abaixo do teu incluem também o complexo de usar bermuda, pra vermos como a coisa toda está ligada.
Fico bastante contente em saber que aceitou teu corpo como ele é, diversidade (sexual, etnia, cultural, comportamental, corporal) é algo que não apenas precisa ser respeitado como também é NECESSÁRIO existir, senão seríamos todos um exército de robôs iguais, sem características próprias que nos diferenciem.
E também gostei bastante de saber que justamente o fato de não ter o corpo que é apontado como padrão é um dos motores que te motiva a ficar sem camisa, pegou justamente isso como agente motivador e se tornou um dos teus meios de se colocar no mundo e se expressar. Teu direito ao bem estar, ao conforto, não pode jamais ser menor do que o de quem tem corpo padrão, ou qualquer outro corpo.

Muito obrigado pelas dicas que passou e não foram genéricas não, é sempre importante a gente relembrar onde estão os pontos que precisam ser trabalhados. Hoje ao acordar fiz uma sequência de alongamentos que peguei pelo YouTube e vou evitar o refrigerante e doces. De noite tenho de ir a um curso que fica a 2 km de casa, vou ir e retornar a pé. Não sem camisa pois ainda não me sinto a vontade, mas pensei aqui que de repente isso se tornará uma via facilitadora, pois sempre que vou pra lá a pé em dias de calor (como hoje) chego lá suado, e quando volto chego mais suado ainda. Adotar a prática sem camisa nesse trajeto pode se tornar uma boa opção. Vou já plantar a ideia na cabeça.
Vi no YouTube alguns canais de calistenia, que ensinam exercícios que não necessitam de aparelhos, e pretendo segui-los. Não tenho vontade de entrar numa academia agora pois o ambiente ainda me intimida. Quem sabe mais pra frente. Vou inicialmente fazer exercícios em um clube público que descobri que tem perto de casa onde há alguns aparelhos básicos e tentar seguir esses exercícios de calistenia. Vamos ver como me saio.

Enfim, mais uma vez muito obrigado pelo teu retorno e pelo teu cuidado, deu uma animada que era bastante necessária para esse momento.
Vou participar dos demais tópicos também pois vejo que a troca tende a ser bem proveitosa.
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Seg 28 Out 2019 - 15:01
Ricardo_tac escreveu:Renan !!!  Adorei  o  seu  texto,  e  pelo  menos  70%  dele é  a  minha  vida !!!   até  a  vergonha  de  usar  bermuda !!!! Leia  meu  relato e  compare !! o meu  também  é  longo, e  aqui  neste  forum  é  aénas  um  "  resumo "  do  tanto  q  já tinha  escrito  em um extinto blog ! O  Lucas  sabe  o  quanto  eu   já  escrevi ! Li  seu  relato  todo , e não  é  longo, deu  até  um  gostinho  de  "  quero  mais " !! e  vou querer  mais, principalmente  vc  nos  contando que  está  evoluindo !! Estamos  aqui  para  nos  ajudar !!  Eu  tive  um  lance  com  Carnaval  que  está  relatado no meu  resumo , e vejo  como  nos  identificamos ,  como nossos  problemas  são mais  comuns do que  imaginávamos !!
Quando eu  tiver  mais  tempo, explico melhor,  e  como o Lucas  sabe  tenho  até  foto  pra  comprovar  !! Depois continuo...!!!  Bem-vindo !

Ricardo, muito obrigado por ter lido e pelo que comentou a respeito!
Que legal que em grande parte você se identificou pois, como comentei ao Lucas acima, nós que temos acima dos 30 viemos de um tempo em que a competição era mais incentivada (não sei se estou generalizando, mas é uma impressão que tenho), 20 anos atrás as coisas eram mais hard, garotos não podiam demonstrar fraquezas, e aqui ao expormos o que passamos, vemos que outros passaram também e, já diria Kurt Cobain, muitas vezes você saber que não era o único passando por aquilo é o maior dos confortos.
A respeito do teu relato, foi ele quem fez eu querer me inscrever e participar do fórum.
Eu li ele ontem, antes de escrever o meu, e me identifiquei muito e muito. Quando você citou a parte do carnaval 2018 e 2019, em que pôde ficar sem camisa no metrô, ali que senti a motivação certa pra me inscrever no fórum, foi um tipo de sinal. Logo, teu relato foi o responsável por abrir a porta pra que eu me inscrevesse aqui e partilhasse isso. Fica evidenciada com isso a importância desses nossos relatos, pois podem ter um significado grande pra alguém que vir lê-lo. Mas errei, deveria ter primeiro comentado lá e depois aberto um tópico, só que fiquei ansioso por vir aqui já fazê-lo.
Vou ainda relê-lo e comentar lá no teu tópico as impressões específicas sobre o que escreveu.
Mais uma vez, muito obrigado por ter lido, fiquei contente com o comentário "deu até um gostinho de 'quero mais'" e acho que temos sim como expandir isso pois aqui nesse tópico, apesar de longo, está apenas um recorte, tem muito mais histórias e episódios a serem compartilhados, assuntos a serem discutidos que podem abrir novos tópicos, e o faremos!
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Seg 28 Out 2019 - 15:19
SemCamisa escreveu:Parabéns pelo texto Renan! Não ficou longo não, tava ótimo pra ler. Um texto com detalhes é sempre bom pois muita gente pode se ver no que vc está relatando. Vc tem idade parecida com a minha, então todas as "tendências" de moda que vc relatou eu tb passei. Apesar de eu não ter tido muitos problemas pra ficar sem camisa na adolescência, uma coisa que me chamou a atenção foi a calça baixa com a cueca aparecendo. Isso era muito comum na escola onde estudava. Alguns garotos, pra impressionar as meninas, botavam a cueca baixa tb pra aparecer a bunda e os pentelhos. Tinha até uma disputa pra ver quem tinha mais pentelhos. Coisas da puberdade, que acabava sendo bem intimidador.

SemCamisa, muito obrigado por ter lido e pelo teu comentário a respeito!
Fico contente em saber que nesse ambiente os caras não estão com preguiça de ler, ainda que leituras longas tomem tempo e energia, mas quando é algo que nos interessa, no qual a gente se enxerga em alguns pontos e expande a visão sobre outros, torna-se uma experiência proveitosa. Afinal, estamos falando sobre as nossas vidas, quem fomos e somos.
Sobre essa moda, que existe até hoje, da calça baixa com a cueca aparecendo, sempre foi algo que me intrigou. Talvez ainda abra um tópico só sobre isso porque, ainda que seja uma questão mais estética do que bem estar, tem a ver com a maneira com que você se coloca e se expressa. E você pegou o espírito certinho da coisa: tem algo de intimidador nisso.
Lembro bem de quando isso começou, lá pelos meus 12 anos, porque me intrigava. Inicialmente eu pensava que os garotos deixavam assim por engano, aí fui notando que não, era proposital, mostravam pras meninas, era algo pra ser visto mesmo. Até as cuecas começaram a ser fabricadas de outro jeito, com elástico grande, pra que ficasse visível mesmo.
Eu tinha vontade de aderir mas tinha uma vergonha extrema, parecia algo completamente distante.
Por isso que, nessas andadas no parque ou na praia, sem camisa, era como se eu virasse um personagem do que eu gostaria de ser e fazia isso. Sinto uma certa frustração até hoje de não ter sido um desses adolescentes mais soltos, mais livres. Tenho muitas frustrações que parecem já ter vindo prontas comigo, já acreditei em espiritismo e achei que era resgate de vidas passadas, que ter sido privado de coisas nessa vida tinha a ver com excessos de outras vidas, mas hoje em dia não creio nem descreio nisso, simplesmente admito a minha ignorância de que eu não sei.

Isso de colocar a cueca baixa pra aparecer um pouco da bunda eu me recordo de alguns casos, já isso dos pentelhos não cheguei a ver (talvez por morar em São Paulo, imagino que em cidades litorâneas ou de interior as coisas são mais "soltas"), e imagino o quanto isso devia ser intimidador, bem mais do que o que passei, pois esses garotos estavam mesmo ousando, marcando presença.
A gente que cresceu nos anos 90 nos acostumamos a ver mulheres sensualizando na TV, mulher sempre teve roupa propícia pra sensualizar, pra ser mais exibida, pra atrair, enquanto pros homens as opções sempre foram poucas e vaidade masculina, posso estar enganado, mas me parece algo mais recente. Basta ver novelas e filmes dos anos 90 pra trás, nota-se que não parecia ser uma grande preocupação.
Essa coisa da cueca aparecendo, creio, foi um jeito dos garotos terem sua forma de chamar a atenção também, de "sensualizarem", um jeito de expor uma coisa íntima, de atiçar, já que nós não temos como ter decote, short curto, opções que as garotas sempre tiveram.
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Seg 28 Out 2019 - 19:22
Renan escreveu:Lucas S, muito obrigado pela recepção, pela atenção, pelo cuidado e comentário!

Devo dizer que nos tempos atuais esse tipo de atitude me impressiona muito pois, sem querer politizar as coisas, mas os tempos atuais fizeram até eu mesmo perder empatia por vezes, ter algumas atitudes e depois pensar "por que fui tão escroto?".
Quando vejo canais do YouTube de exercícios, em que os caras estão ensinando e incentivando, querendo que você que está assistindo melhore, é algo que ainda me impressiona, a pessoa querendo o bem do outro, querendo que o outro chegue no mesmo estágio dele ou até o supere.
Acredito, não sei se estou certo ou se só estou fabricando essa informação, que ficar impressionado com isso tem a ver com a geração em que nós que nascemos nos anos 80 temos. Na minha adolescência, os colegas de escola que tive e mesmo os que se tornaram amigos (tenho amizade com alguns até hoje) era um ambiente de disputa, de humilhar, de "eu tenho e você não tem". O grupo causava isso facilmente. Penso que era um ciclo vicioso pois eu tinha um amigo, que é meu amigo até hoje, que havia sofrido bullying pesado na infância, e tinha se tornado um adolescente que alternava entre ter empatia e por vezes ter prazer em te humilhar em público. Hoje em dia, que tem a mesma idade que eu, é uma pessoa bem mais empática, mas na época, junto com o grupo, rolavam por vezes humilhações pesadas e desnecessárias.
Não sei se posso então culpar toda uma geração pois generalizar é complicado, cada um tem sua experiência, pode mudar dependendo da região.
Mas a minha experiência foi essa.
Haviam comparações mesmo na família ("o teu primo faz isso isso e aquilo, e você não?").
E cresci achando que era preciso sempre ser melhor que o outro. Que se você domina uma coisa, se você de destacou em algo, precisa ficar bem quietinho sobre aquilo, não ensinar, não incentivar, pra você ser o único.
Isso está tão enraizado em mim que quando vejo pessoas tendo atitudes como a de vocês aqui, querendo ajudar, dedicando atenção, fico muito surpreso e esperançoso, otimista.

Renan,

Acho que competição sempre existiu e, até certo ponto, chega a ser saudável, pois nos ajuda a nos tirar de nossa zona de conforto. A coisa só não pode descambar para a humilhação, pois aí é inaceitável. Em geral os meus colegas costumavam me respeitar, mas sempre tinham aqueles que gostavam de criar conflito. Tenho dúvidas se isso realmente mudou nas gerações mais novas.

Agora, as comparações vindas da família sempre existiram. Também ouvi muito disso quando era criança/adolescente. "Olha, você tem que se espelhar no fulano!", "Você tem que ser igual a mim". Sempre detestei esse tipo de exemplificação!

Quanto a ajudar os outros espalhando conhecimento e experiências, isso é o melhor que podemos fazer. Ninguém perde nada fazendo isso, muito pelo contrário. Trata-se de uma troca. Quem ensina também aprende coisas novas, logo só tem a ganhar.

Renan escreveu:Tenho impressão que a geração de jovens de agora é um pouco mais empática, ao menos pelo que observo nas redes. Se um cara por volta de uns 30 como nós posta uma determinada foto, lá estão os amigos (não os meus pois eu me afasto desse tipo, mas observo muito os demais) comentando: "vish, que viado" e às vezes coisas depreciativas. Já os de agora, os amigos comentam "gatão" "bonito dms", mesmo que seja num tom de zuera, não noto mais a necessidade que tinha na nossa época de puxar o outro pra baixo. Claro, ao menos esses que observei. Não posso falar por todos nem dizer que bullying, perseguição e competição não existam mais, pois sempre existirão. Mas acredito que houve uma melhora nesse quesito.

Por muito tempo era comum a crença de que um homem jamais deveria elogiar outro homem. Era como se o cara que fizesse o elogio "ficasse menos homem". Aliás, o pensamento comum era de que "homem que é homem" sequer olha para outro homem. Então virava meio que uma "obrigação" o cara fazer comentários depreciativos para outro homem. Algo como "se eu falar bem dele, o que vão pensar de mim?". No fundo no fundo, isso nada mais era do que insegurança mesmo, pois o cara que "se garante" não está nem aí para o que vão pensar dele. Mesmo nos dias de hoje é difícil sair um elogio direto, mas ao menos se utiliza um tom de zueira para passar a mensagem.

Renan escreveu:(...) comigo tudo vira textão (...),

Então somos dois! Só ver o tamanho das mensagens que eu costumo postar aqui. Quando eu comentava no blog 'Tirar a Camisa' eu vivia sofrendo com o limite de caracteres dos comentários. Não foram poucas as vezes que tive que dividir os comentários em dois para caber, hahaha! Mas eu prefiro um texto longo, bem escrito e com riqueza de detalhes do que um comentário breve que me leva a fazer várias perguntas para entender o contexto.

Renan escreveu:Sim, a neura principal no momento é em relação ao corpo que está na mesma forma há muitos anos e não tive atitudes para mudá-lo. Eu relutei usar o termo "evolução" e acabei usando mesmo assim, quis evitar pois acho um termo muito pretensioso, visto que não espero ficar grande, apenas uma mudança em relação a como está. Gostei bastante do termo que você usou: "em forma".

Não tem nada de pretensioso no uso do termo "evolução". Se você está caminhando para uma condição melhor do que estava antes, você claramente está evoluindo! O termo é perfeitamente adequado.

Renan escreveu:Concordo completamente contigo, ou a gente aceita como é, ou investe para mudar. Talvez daqui uns anos, ou ainda mais cedo do que imagine, chegue um momento em que eu precise aceitar como é. O que me faz não querer optar por isso agora é que tenho ciência de que posso mudar se eu quiser. Não tenho hábitos de comer fritura, coisas pesadas, sou super chegado numa saladinha, num frango, numa coisa mais saudável. O problema é que sou muito sedentário, tomo refrigerante todos os dias e bem chegado num doce. Esses últimos pontos precisam ser mudados. Inclusive pela saúde porque nós que já passamos dos 30 já notamos uma coisa básica: envelheceremos. Algo que a gente sempre soube que acontecerá, mas creio que na faixa dos 20 é algo tão distante que a gente não se dá conta de verdade que ocorrerá.

Sem dúvidas. Se você acredita que tem a oportunidade de mudar, vai em frente!

Refrigerante todos os dias é complicado. Mas, é um hábito e eu entendo como é. Já no meu caso, o meu consumo de refrigerante é bem baixo, pois fui acostumado assim desde criança. Aqui em casa só tinha refrigerante em ocasiões especiais, como comemoração de Natal, Ano Novo, Páscoa ou o aniversário de alguém. Ou eventualmente, quando comíamos algo na rua. Mas sempre foi exceção. Então, por eu nunca ter desenvolvido esse hábito, para mim fica fácil evitar refrigerante. Mas, assim como você, também tenho problema com doces e sedentarismo. Uma das razões de eu ser magro é justamente eu não praticar atividades físicas. Aí, além do meu corpo não desenvolver, eu gasto pouca energia. E se eu gasto pouca energia, há pouca energia para repor, o que significa que eu vou querer comer menos. E se eu como doce, eu fico um bom tempo sem querer comer mais nada e tudo isso contribui para eu ser magro. Inclusive, por causa disso também estou buscando melhorar a minha alimentação, pois uma alimentação errada só tem a nos fazer mal.

Renan escreveu:Agradeço pelo relato pessoal que compartilhou, acho isso importantíssimo e super válido, visto que, como citei na longa introdução, vim de um tempo de competição, de não mostrar fraquezas, e podermos expor aqui nossos complexos gerando essa troca faz ver que muita coisa que passamos, outros também passaram.

É sempre complicado expormos as nossas fraquezas. Daí a necessidade de um ambiente como este fórum e os blogs em que podemos expor tudo isso sem expormos a si próprios.

Eu mesmo só falo abertamente sobre o assunto aqui, pois há uma espécie de "anonimato" me protegendo, como se fosse uma "máscara".

Jamais falaria sobre isso em uma página de Facebook, por exemplo, com todos os meus contatos podendo ler o que escrevi. Aqui em casa mesmo ninguém sabe que eu criei este fórum e nem que eu acesso os blogs sobre o esse tema. É difícil assumir isso assim, de forma totalmente aberta.

Renan escreveu:E gostei bastante pelo fato do teu relato mostrar uma realidade diferente, eu havia citado os corpos mais cheios pois é o caso em que me enquadro, mas existe também o caso dos corpos magros e é sempre interessante expandir a visão assim, ver que existe além do que enxergamos.

Pois é. Por ser muito magro, já fui alvo de muitas piadinhas a esse respeito, mas com o tempo aprendi a lidar com isso e hoje não me incomoda mais. O que incomoda é quando passam do ponto e o que era para ser uma zoeira acaba virando um comentário infeliz e desrespeitoso. Felizmente foram poucas as vezes que ouvi coisas desse nível.

Renan escreveu:Fico bastante contente em saber que aceitou teu corpo como ele é, diversidade (sexual, etnia, cultural, comportamental, corporal) é algo que não apenas precisa ser respeitado como também é NECESSÁRIO existir, senão seríamos todos um exército de robôs iguais, sem características próprias que nos diferenciem.
E também gostei bastante de saber que justamente o fato de não ter o corpo que é apontado como padrão é um dos motores que te motiva a ficar sem camisa, pegou justamente isso como agente motivador e se tornou um dos teus meios de se colocar no mundo e se expressar. Teu direito ao bem estar, ao conforto, não pode jamais ser menor do que o de quem tem corpo padrão, ou qualquer outro corpo.

Antigamente eu ficava com vergonha de ficar sem camisa perto de caras com o físico mais desenvolvido que o meu ou até mesmo com mais pêlos que eu, pois eu me sentia inferior. Mas com o tempo eu me dei conta que não dá para sermos todos iguais. Hoje eu não me preocupo mais em ficar sem camisa perto de caras com corpo diferente do meu e acabo usando isso como uma forma de lembrar a quem estiver ao redor que não existe um só biotipo, mas sim vários.

Renan escreveu:De noite tenho de ir a um curso que fica a 2 km de casa, vou ir e retornar a pé. Não sem camisa pois ainda não me sinto a vontade, mas pensei aqui que de repente isso se tornará uma via facilitadora, pois sempre que vou pra lá a pé em dias de calor (como hoje) chego lá suado, e quando volto chego mais suado ainda. Adotar a prática sem camisa nesse trajeto pode se tornar uma boa opção. Vou já plantar a ideia na cabeça.

Quanto a sair sem camisa em dias quentes, uma sugestão (ou desafio, sei lá): vista uma camisa de botão, mas deixe todos os botões abertos e saia assim na rua. Você estará expondo uma porção maior de seu corpo do que de costume, mas as outras pessoas vão te ver de camisa, enquanto você terá a sensação de estar sem camisa. Quando você se acostumar a isso, ficará mais fácil dar o próximo passo e tirar a camisa de vez!

Renan escreveu:Enfim, mais uma vez muito obrigado pelo teu retorno e pelo teu cuidado, deu uma animada que era bastante necessária para esse momento.
Vou participar dos demais tópicos também pois vejo que a troca tende a ser bem proveitosa.

Seja sempre bem-vindo! Wink

SemCamisa escreveu:Apesar de eu não ter tido muitos problemas pra ficar sem camisa na adolescência, uma coisa que me chamou a atenção foi a calça baixa com a cueca aparecendo. Isso era muito comum na escola onde estudava. Alguns garotos, pra impressionar as meninas, botavam a cueca baixa tb pra aparecer a bunda e os pentelhos. Tinha até uma disputa pra ver quem tinha mais pentelhos. Coisas da puberdade, que acabava sendo bem intimidador.

Sim, eu lembro que os meus colegas de escola também tinham esse hábito de deixar a cueca aparecendo (só esse negócio de deixar os pentelhos aparecendo é que não tinha, hahaha!). Eu não fazia isso quando era adolescente, pois era muito tímido. Mas lá depois dos 20, eu acabei aderindo a essa moda. Porém acabei abandonando isso após ter ouvido uma história da suposta origem dessa moda. Conta-se que essa prática teria surgido nos presídios, em que os presos que aceitavam ser abusados sexualmente pelos seus colegas de cela deixavam a calça semi-abaixada como forma de "sinalizar" esse desejo! Se isso é verdade eu não sei, mas foi suficiente para eu deixar esse hábito de lado. Eu, hein! Laughing


Última edição por Lucas S em Ter 29 Out 2019 - 16:42, editado 1 vez(es)
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Projeto Carnaval 2020 Empty Re: Projeto Carnaval 2020

Ter 29 Out 2019 - 12:10
Renan escreveu:Ricardo, muito obrigado por ter lido e pelo que comentou a respeito!
Que legal que em grande parte você se identificou pois, como comentei ao Lucas acima, nós que temos acima dos 30 viemos de um tempo em que a competição era mais incentivada (não sei se estou generalizando, mas é uma impressão que tenho), 20 anos atrás as coisas eram mais hard, garotos não podiam demonstrar fraquezas, e aqui ao expormos o que passamos, vemos que outros passaram também e, já diria Kurt Cobain, muitas vezes você saber que não era o único passando por aquilo é o maior dos confortos.
A respeito do teu relato, foi ele quem fez eu querer me inscrever e participar do fórum.
Eu li ele ontem, antes de escrever o meu, e me identifiquei muito e muito. Quando você citou a parte do carnaval 2018 e 2019, em que pôde ficar sem camisa no metrô, ali que senti a motivação certa pra me inscrever no fórum, foi um tipo de sinal. Logo, teu relato foi o responsável por abrir a porta pra que eu me inscrevesse aqui e partilhasse isso.

Renan,  você  nem imagina  como  me  sinto  lisonjeado por  ter  sido o  incentivo a que você abrisse  seu  coração aqui  conosco ! pois é falando com outros iguais, colocando pra  fora o que temos explodindo no peito, que nós  mesmos  nos  curamos ! E  quando nossos  relatos  de  experiências  ajudam  outras  pessoas , é  uma  sensação  maravilhosa  de compartilhamento, de pertencimento,    de  tête-a-tête  ,  como  estivéssemos  em  grupo de  auto-ajuda ,  em  uma  psicoterapia  coletiva !!!
Analisando  o seu  caso,  numa  rápida  análise,    seu  caso parece menos  grave  do  que  o  meu :  vc  tirava  a  camisa  quando  criança,  adolescente,    nas  praias,  piscinas,  viveu  descamisado  com  os  colegas quando  estudou  fora (  experiência  q  eu  não  tive ) ,  viveu  uma  "  amizade  colorida " por  muitos  anos  (  experiência  que  eu  não  tive !!!! minhas  experiências sexuais  antes  do casamento  foram  pífias !!!) (  sorte (??)  que  eu  casei  relativamente  cedo !!),  e ,  eu  acho  que  sua   " maior  "  preocupação  no  momento , ela  não tem  um  fundamento físico  real ! Eu  diria , permita-me  fazê-lo  ,  que  você está  muito  preocupado  com  o  físico  do  seu  corpo,  com  obesidade,  gordurinhas,   pneuzinhos,  só quer  sair  sem  camisa  se  tiver  corpo  sarado, ... o  que  não  é  verdade (  embora  o  seja  na  nossa  cabeça ) ,  pois  na  sua  foto,  seu  corpo  está  ótimo !!!! Eu  vejo  passarem  pelas  ruas,  homens  obesos  mórbidos,  com  seus  barrigões   balançando de  fora,  peitos  maiores que  de  muitas  mulheres,  e eles  não tão  nem aí...portanto,   grava  a  frase  :  A  VERGONHA  NÃO  ESTÁ  NA  GORDURA,  ESTÁ  NA  NOSSA  CABEÇA  !!!!  (  essa  frase  merecia  um  meme !!!)  e  essa  frase  deve  ser  um  norteamento  para  todos  nós,  mesmo  para  os  magros,  porque  os  magros  envergonhados  vão  colocar  a  vergonha  em  outras  coisas ! (  e  eu também  vejo pelas  ruas  magérrimos  com seus  ossinhos  aparecendo  e  não  tão  nem  aí !)
E  eu, que  não  era   gordo  nem  magro ,  mais  para  magro,  e  não  tirava  a  camisa  nunca ??  A VERGONHA  ESTAVA NA MINHA  ALMA !!  (  outro  meme !!)
Aquele  meu  relato ,  q  vc  já  leu,  é  apenas  um  resumo !!!  no  outro  blog  eu  já  tinha  escrito  cada  item  daqueles   muito  mais  detalhadamente  e  ainda  tinha  muito  mais  coisa,  tudo  perdido pois  apagaram  o  blog,   mas  ,  aos  poucos  a  gente  tenta ir  refazendo  alguma  coisa  aqui .
Uma  das coisas  que  tinha  escrito  é  a  Terapia  Cognitiva-Comportamental !! é  você  ir  se  expondo  aos  poucos  e  cada  vez mais  aos estimulos  que  te  bloqueiam,  te  causam  ansiedade,  e  aos  poucos  vai  se  acostumando !  O mesmo  passo-a-passo  que  tem  num  outro  blog ,  do  Arthur,  que foi  o  primeiro  q  eu  li.  
Então,  vamos agora  ao  que  indicaria  para  vc :  1-  aceitar  seu  corpo  como  ele  é,  q  é  um  corpo  legal,  e sabendo  q  a  vergonha  está  na  cabeça !   2-  porém,  é  claro  q  um  corpo  "  sarado "  é  muito mais  bonito  de  se  olhar ,  e  de  se  mostrar, e portanto  se  vc  quiser  fazer  ginástica,  academia,  vai  ficar  melhor  ainda   e  vai  te  dar  mais  autoconfiança .   3-  e  é  claro q  pela  saúde,  devemos  emagrecer  mesmo,  então  melhora  mesmo  sua  alimentação,  vc  falou  de  cortar  refrigerantes,  etc..corta  mesmo !!!  4-  e a   terapia  comportamental: em  algum  caminho  que  vc estiver  fazendo,  como  para  o  seu  curso,  tira  a  camisa um  minuto,  depois  2 minutos,  depois  3,  depois  4,5,6,...até  vc  se  acostumar  mais,  e,  não  pode  pensar  -Sera´ q  eu  tiro,  será  q  eu  não  tiro ???   tem  q  quando  ver  q  pode,  tirar  no  mesmo  segundo,  sem pensar, foi  assim  q  eu  fiz,  pq  quando  eu  pensava,  não  tirava nunca !!!
5-  vejo  q  sua  preocupação  é  o  carnaval  de  2020,  q  é  a  mesma  de  mostrar  o  corpo  sarado ! se  você  se  esforçar  em todos  os  itens  anteriores, vc  vai  estar  melhor  em  corpo,  em  cabeça,  e  vai  curtir  bem  o  carnaval !!! mas,  mesmo  se  continuar  com  o  corpo do  mesmo  jeito, vc  tem  q  curtir  também,  e  tirar  a  camisa  quando  quiser  pois  já  está  estimulado para  isso ,  nem  q  seja  pela " terapia  comportamental "  !
6- vou  contar  um  pouco  mais  do meu carnaval,  já  q  foi isso  q  te  interessou :
quando  criança,  e  adolescente,  ficava  só  babando  os  meus  colegas  indo pra  carnaval fantasiados  de  índio,  só  de  tanga,  e  peitos  de  fora,  e  eu  ,  criado  com uma  educação prêsa,  ficava  trancado  em  casa  todo  vestidinho !! mesmo  quando  cresci,  e  casei,  as  vezes  ia  "  dar  uma  volta "  pra  ver  o carnaval, mas  nem  me  passava  pela  cabeça  " curtir  sem  camisa " !!  Após  ter  contato  com  esses  blogs  em  2017,   no  carnaval  de  2018 eu  tava  doido  pra  fazer  alguma  experiência  descamisada, e  como  tive  a oportunidade  de  passar um  carnaval  sozinho,  num  primeiro  dia  fui  a  praia  em  um  local  diferente  porque  ia  ter  um  bloco  perto,  e  fui d e  Metro :  entrei  de camisa (  como  sempre  ainda  não  saio de  casa nem  pra  ir  a  praia  sem  camisa !!  acho  q  isso  não  vai  mudar  nunca!!!) ,  mas,  quando  entro  no  metrô,  todo  mundo  sem camisa ,    mas  eu  fiquei  com  vergonha ( !!)  de  tirar  lá  dentro, mas  pensei  :  na  volta  vai  ter  !!!  fui à  praia, e   depois  fui  passear  pelo  bloco  perto  da  praia, eu  já  sem camisa,  e  como  eu  não  achei  uma  toalha  de  praia,  peguei uma  toalha de  praia  fininha  da minha mulher,  e  na  hora  do  bloco  me  enrolei  nela,  e fiquei  parecendo  fantasiado  de  havaiano !!!! Maravilha !!! eu  fantasiado !!!!  aí  fui  pegar  Metrô !!  e  já entrei  sem camisa ,  me sentindo  incluído,  fazendo parte  da  galera,   e  com  o  sarong !!  nesse dia  por causa  do  bloco,  deu  uma  confusão danada  no  Metrô,  estava  lotado, os  trens  lotados,  os  trens  paravam  na  estação,  eu  fiquei  um  tempão  na  plataforma,  todo  suado,  de  sarong,  aí  me  lembrei  do  Pita  Tafuatofua  ,  aquele  descamisado  oleado  de  Tonga  da  Olimpíada ,  e  eu  me  senti  q  nem  ele :  de  sarong,  peito  a  mostra  todo  suado,  oleado, deslizante, brilhando,  cheio  de  areia !!!!! Que  Experiência !!!! Aí  consegui  entrar  no  metrô,  e  pela  primeira  vez   na  vida  sentir  o  vento  frio  do  ar condicionado   batendo no  meu peito  de  Pita !!  Mas, o  Metrô  lotado,  todo  mundo  sem camisa ,  um calor  danado ,  que  numa  outra  estação  eu  tentei  mudar  para  um  outro  vagão q  tava  mais  frio !!!  e  voltei  pra  casa  , cansado,  mas  feliz pela  vitória !
No  outro  dia,  pensei :  Hoje  vou  pro  Centro da  cidade !!!  saí  de casa , de camisa,  como  sempre,  mas  perto  do  Metrô  já  tirei e  enfiei  num  bolso  da  bermuda (  já  tinha  planejado  isso,  uma  camisa  fina   dry-fit  e   uma  bermuda  de  bolso  grande  para poder guardar  a  camisa  e  ficar  com  os  braços  livres, peito aberto total !!) ( O  CAMINHO  DO  SUCESSO  É  O PLANEJAMENTO )  (  MEME) .
No  metrô  todo  mundo  sem camisa ,  e no  Centro,  comprei  um  colar  de  havaiano e uma  máscara (  um  rosto  prateado ) porque ,  eu  morria  de  vergonha  de  algum  conhecido  me  ver !!! Ninguém ia  ver,  mas ,  são  coisas  da  nossa  cabeça,  eu  ia  me sentir  melhor  "mascarado " ! aí  fiquei  seguindo  um  trio  elétrico , coisa  inédita  na  minha  vida,  e  ainda  pulava um  pouco  junto  com  as  pessoas (  coisa  inédita  na  minha  vida !!!) (  ó  vida  sofrida,  para  uns  tudo  é  tão  fácil, para  outros tudo  é  inédito ),  uma  hora  estava bem  ao  lado  do  carro e levantei  um  pouco  a  máscara  pq  tava  me  sufocando, e  vi um cara  tirando  fotos do alto  do  Trio  Elétrico!!  E  não  é  que  eu  saí  no  site  deles ???? vou  tentar  postar  a  foto  abaixo .  Depois  q  saí  do  trio,  dei  voltas  pela  cidade,  pela  primeira  vez  na  vida  descamisado  no  Centro ,
entrei  em  bares e  fiquei  sentado pra  descansar e bebi   alguma  coisa,  tudo  sem camisa  e  entrei  no  metrô  para  voltar, dessa  vez  não  tão  lotado,  e  eu  sentindo  o ar-condicionado  raspando o  peito  aberto , como se anunciando os  ventos  da  Liberdade !!!  Apoteótico !!!
Este  ano,  tentei  fazer  a  mesma  coisa,  mas ,  cheguei  tarde  ao  Centro,  não  deu  pra  pegar trios  elétricos,  mas,  fui  ver  se  dava pra  pegar  VLT  sem  camisa !!!  fui  chegando,  entrei,  tinha  guarda,  eu  meio  cabreiro,  mas  como  não  falou  nada,  continuei  sem camisa, com  o  colar  de  havaiano,  sem  máscara !!  e  um  casal  de  canadenses  me  perguntou  alguma  coisa em  inglês  e eu  fiquei  lá  conversando  com  eles  em  inglês  e  " shirtless " !!!!  Ô  experiência !!  Fui  até o  final  da  linha  do  VLT  e  depois  voltei,  tudo  shirtless !! Mas,  essas  coisas,  só  no  Carnaval !! Você  está  com  planos  para  carnaval  2020 ,  quanto  a  mim,  acho  que  não  vou  fazer  mais  nada  não !!!  Já  tive  essas  experiências  todas,  não  sei  se  vou  querer outras !!
7-  Achei  muito  engraçado  vcs  falando  de  mostrar  cuecas  por  cima  da   bermuda !!!  Lucas,   não  acredito  q  vc  fez  isso !!!!  Alías,  espero  q  tenha  feito  mesmo,  pois  não  deixa  de  ser  uma  experiência !!!  acho  q  quem   mostra  a  cueca  na  rua  não  tem  q  ter  vergonha  de  mais  nada !!! Pentelho  então,  nem  se  fala !!!!!  Mas,  eu  não  tive  que  passar  por  isso !!!! Na  minha  época,  ninguém  fazia  isso !!!!  Era  só  peitos,   mamilos  e  umbigos,  cuecas  e  pentelhos  nunca !!!!! Mas, eu  via  os  adolescentes  dessa  nova  época  fazerem  isso,  e  achava "  como  é  que  pode ??? eu  nessa  época  nem  sem  canisa  ficava !!!
8-  vou  tentar  postar  a  foto  do  trio  elétrico ,  eu  marcado  em  vermelho ,  tipo Onde  está  Wally ?  :
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Ter 29 Out 2019 - 15:27
Ricardo_tac escreveu:7-  Achei  muito  engraçado  vcs  falando  de  mostrar  cuecas  por  cima  da   bermuda !!!  Lucas,   não  acredito  q  vc  fez  isso !!!!

Pode acreditar, Ricardo.

Isso foi no tempo em que eu usava calças largas, pois ser "carçudo" era cool naquela época. Eu ia para o trabalho assim e a maioria dos meus colegas jovens também deixavam a cueca aparecendo. Mais difícil era encontrar que não deixasse. Mas a camiseta sempre acabava cobrindo, então só ficava visível quando era necessário se abaixar. Certa vez uma colega, um pouco mais velha, estava comentando como achava esquisito esse negócio do pessoal deixar a cueca aparecendo. Imediatamente, ergui a camiseta, apontei para a minha cintura e perguntei: "assim?", mostrando a cueca para ela! E fiz isso sem o menor pudor, hahaha! Nessa época eu já tinha vinte e poucos anos de idade, já tinha perdido boa parte da timidez que tinha na adolescência.
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Qui 31 Out 2019 - 11:48
Eu gostei muito do texto porque eu me identifiquei bastante. Atualmente estou com 25 anos e sinto que desperdicei muito da vida, rsrsrs. Apesar de mais jovens que muitos de vocês, várias vezes fico pensando "caramba se fosse mais novo" e por pensar demais nisso acabei me cansando e voltando a pensar "porque não faço tal coisa agora?!". Eu cresci com muita vergonha de ficar sem camisa, as vezes vejo meus irmãos mais novos o tempo todo sem camisa e fico pensando "qual é o meu problema?". Aquele comentário de "coisa inédita de vê-lo sem camisa" me assusta um pouco para ser sincero, contudo comparado com ano passado, hoje me sinto um pouco mais confiante, porém não ousado o bastante para tirar a camisa e sair andando por qualquer canto como gostaria. Eu quero praticar esportes não para me ter uma estética bacana, mas porque eu me sinto muito mais confiante quando pratico. Quando eu fiz natação, eu achei que ficaria com muita vergonha de ficar só de sunga quando eu não conseguia sair em pública sem camisa, mas depois que cai na piscina foi a coisa mais natural do mundo eu está ali de sunga como os outros caras. Eu acho bacana você publicar seu projeto porque estimula muito a gente também.
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Sex 1 Nov 2019 - 14:23
Lucas S escreveu:Sem dúvidas. Se você acredita que tem a oportunidade de mudar, vai em frente!

Refrigerante todos os dias é complicado. Mas, é um hábito e eu entendo como é. Já no meu caso, o meu consumo de refrigerante é bem baixo, pois fui acostumado assim desde criança. Aqui em casa só tinha refrigerante em ocasiões especiais, como comemoração de Natal, Ano Novo, Páscoa ou o aniversário de alguém. Ou eventualmente, quando comíamos algo na rua. Mas sempre foi exceção. Então, por eu nunca ter desenvolvido esse hábito, para mim fica fácil evitar refrigerante. Mas, assim como você, também tenho problema com doces e sedentarismo. Uma das razões de eu ser magro é justamente eu não praticar atividades físicas. Aí, além do meu corpo não desenvolver, eu gasto pouca energia. E se eu gasto pouca energia, há pouca energia para repor, o que significa que eu vou querer comer menos. E se eu como doce, eu fico um bom tempo sem querer comer mais nada e tudo isso contribui para eu ser magro. Inclusive, por causa disso também estou buscando melhorar a minha alimentação, pois uma alimentação errada só tem a nos fazer mal.

Lucas S, fez muito bem em não se acostumar com refrigerantes. É bem como chamou: hábito! Hábito é uma coisa complicada de perder, mas nessas horas é preciso dar um chacoalhão em si próprio e se perguntar: "e aí, quem é que manda em você? seus hábitos ou você mesmo?". Em um período que citei na abertura desse tópico, quando em 2015 consegui um emagrecimento relevante, eu lembro que tinha me desapegado de doce a um ponto que se vinha gente trazer bolinho ou algo do tipo (pois onde trabalhava volta e meia tinha isso, o que eram gentilezas de certa forma), eu nem relutava muito, entregava o meu doce pra um colega sem nem pensar muito, e até com um certo orgulho. Pensava: "quem tá no comando sou eu, não meus instintos". É uma pena que durou pouco, mas preciso recuperar isso. Um pouco de sangue nos olhos ajuda.
A respeito do teu caso, me lembrou um amigo muito gente fina que também é magro e, como parece ser um pouco do teu caso, quase não sente muita vontade de comer. Até gosta, mas não considera o ato de comer como algo muito especial, muito relevante. Come só quando tá com fome.

Não sei se você tem intenção de fazer atividades físicas, de dar uma mudada, mas se você tiver interesse, tem um canal de YouTube de calistenia feito por um rapaz bastante magro, em que ele dá umas dicas de alimentação e também de exercícios. É aqueles canais que funcionam como um diário e o último vídeo que ele postou, nessa semana, me surpreendeu como ele tá forte. Impressiona mesmo. Tem treinos específicos pra pegar massa, sem precisar frequentar uma academia. Ele só tem uma barra em casa, coisa que eu precisarei encontrar algum lugar que haja uma disponível, parque, praça, algo do tipo, pois depois de dar uma secada inicial quero começar a fazer uns exercícios de calistenia também. Caso haja interesse, passo o canal, mas existem vários outros também onde pode pegar dicas, e você tem a vantagem grande de não precisar secar. Mas, claro, só se for do teu interesse. Não existe nada mais inconveniente do que pessoas se metendo onde não foram chamadas, falando "por que você não faz isso?", se intrometendo e querendo cuidar das nossas vidas enquanto elas mesmas não cuidam das próprias. Longe de mim querer ser essa figura, hahaha.

Lucas S escreveu:Pois é. Por ser muito magro, já fui alvo de muitas piadinhas a esse respeito, mas com o tempo aprendi a lidar com isso e hoje não me incomoda mais. O que incomoda é quando passam do ponto e o que era para ser uma zoeira acaba virando um comentário infeliz e desrespeitoso. Felizmente foram poucas as vezes que ouvi coisas desse nível.

Os tempos atuais estão com uma coisa complicada pois tem pessoas se dizendo "contra o politicamente correto" e isso muitas vezes vira uma desculpa para ofender. Não vejo como ofensas podem ser uma coisa positiva. Esse nome "politicamente correto" sugere ser uma coisa chata, aí tem quem usa desse fato pra falar "a sociedade anda chata, não se pode mais '''''brincar''''' com ninguém", só que quem é que mede isso? Sempre digo que o politicamente INcorreto só é divertido quando não é com você. Quando mexem com algum complexo teu, algo que te ofende mesmo, uma fraqueza, aí nota-se o perigo de ficar estimulando esse tipo de atitude. Enfim, esse tema é meio político, mas veja só que curioso, aqui nesse fórum a gente usa dessa espécie de "máscara" pra justamente podermos ter respeito uns com os outros, uns com os depoimentos e dificuldades do outro. Foda. Convívio em sociedade tem dessas.

Lucas S escreveu:Antigamente eu ficava com vergonha de ficar sem camisa perto de caras com o físico mais desenvolvido que o meu ou até mesmo com mais pêlos que eu, pois eu me sentia inferior. Mas com o tempo eu me dei conta que não dá para sermos todos iguais. Hoje eu não me preocupo mais em ficar sem camisa perto de caras com corpo diferente do meu e acabo usando isso como uma forma de lembrar a quem estiver ao redor que não existe um só biotipo, mas sim vários.

Identifico-me demais com essa parte. Andei pensando muito sobre isso, principalmente desde domingo quando abri esse tópico.
Essa semana estava conversando com um amigo e de algum jeito a conversa caiu em esportes. Contei que nunca fazia aula de Educação Física, mas gostava um pouco de basquete e às vezes jogava. Acabei lembrando que algumas vezes fui obrigado nessas aulas a jogar outros jogos, como handball. E eu sempre sentia que estava atrapalhando, que não deveria estar ali, que eu era o problema, o estorvo... E que essa sensação, na verdade, nunca se limitou e nem se limita só a aquela situação.
Não raro, andando na rua, às vezes sinto vergonha de passar por um cara com físico mais desenvolvido que o meu, mesmo ambos vestidos, camisados. Existem questões de autoestima comigo que talvez fiquem por perto a vida toda, sendo quebradas em algumas situações, mas talvez nunca resolvidas por completo. Sentia-me um incômodo nesses jogos, enquanto era meu direito estar ali como o de qualquer outro. Diversas outras situações já senti isso, que não era pra eu estar ali porque simplesmente não merecia, porque a minha simples presença estava incomodando. Um cabeleireiro que conheço que é todo fã desses assuntos de linguagem corporal, "o corpo fala", coisas como aquelas do canal Metaforando, me disse que já reparou isso um pouco em mim, que quando estou entre desconhecidos eu tenho uma postura bastante defensiva, retraída, de quem quer não se fazer perceber ali. Ele disse que talvez seja algo que aconteceu na minha infância, alguma ou algumas situações de rejeição.
Trazendo isso pra temática do blog e a expandindo, acho que é uma coisa a ser trabalhada.

Antes de ontem tive de ir a pé até um lugar, e decidi que ia "manter a pose". Peito estufado, cabeça erguida, confiança. De camisa, apesar do calor extremo que fazia, mas ereto e esbelto. Notei que isso tem um impacto grande no psicológico, você começa a se portar assim, e começa a se sentir assim mesmo. Só que isso durou pouco: trombei com um casal jovem cheios dos beijos, cujo rapaz de regata tinha corpo bem mais em forma que o meu, e ao passar ao lado deles, ele num impulso tirou a moça do meu lado e se colocou no lugar. Tipo: eles estavam andando ele pro lado da calçada e ela pro lado da rua. Eu estava prestes a passar do lado dela. Quando faltava pouquinho mesmo pra isso e ele me viu, tirou bruscamente ela dali e colocou ela pro lado da calçada, passando ele do meu lado. Me deprimiu um pouco isso, não sei bem o porquê. Tomei como uma espécie de rejeição, acho. Sei lá. Acho que na minha cabeça eu interpretei que o problema, o que causou isso, foi o meu corpo fora de forma, ou a minha já não tão juventude como era o caso deles (eles deviam ter por volta de uns 18). Sei que fiquei meio na bad, ao mesmo tempo que um lado meu achou um pouquinho legal, um lado que quis acreditar que a postura que eu havia adotado de cabeça erguida, presença e confiança tinham dado uma intimidada, mas é muita pretensão achar isso. Ou, vai ver, o cara simplesmente teve um impulso de defesa, viu um cara bastante alto prestes a passar ao lado da namorada/ficante, e a levou pro lado da calçada. Talvez seja egolatria achar que tudo foi tão calculado baseado em corpo, idade ou postura.

Lucas S escreveu:Quanto a sair sem camisa em dias quentes, uma sugestão (ou desafio, sei lá): vista uma camisa de botão, mas deixe todos os botões abertos e saia assim na rua. Você estará expondo uma porção maior de seu corpo do que de costume, mas as outras pessoas vão te ver de camisa, enquanto você terá a sensação de estar sem camisa. Quando você se acostumar a isso, ficará mais fácil dar o próximo passo e tirar a camisa de vez!.

Ótima sugestão! Problema é que tenho pouquíssimas, raríssimas mesmo, camisas de botão, hahahaha, mas tenho algumas. Vou experimentar um dia. É um bom modo de se acostumar gradualmente. Nesse episódio que contei acima que aconteceu na quarta-feira, mesmo dia que vi esse casal jovem, um pouco depois passei em frente a um hospital, mais especificamente na frente de área de funcionários, e haviam algumas moças pra fora, fumando e conversando. Uma delas me olhou e ficou olhando bastante. Fiquei imaginando como seria se estivesse sem camisa. Se ela mantivesse o olhar como manteve, autoestima ia lá pra cima, ainda que eu saiba que não devamos depender de aprovações externas para a autoestima estar em dia. Estou curioso pra testar fazê-lo sem camisa.

Lucas S escreveu:Sim, eu lembro que os meus colegas de escola também tinham esse hábito de deixar a cueca aparecendo (só esse negócio de deixar os pentelhos aparecendo é que não tinha, hahaha!). Eu não fazia isso quando era adolescente, pois era muito tímido. Mas lá depois dos 20, eu acabei aderindo a essa moda. Porém acabei abandonando isso após ter ouvido uma história da suposta origem dessa moda. Conta-se que essa prática teria surgido nos presídios, em que os presos que aceitavam ser abusados sexualmente pelos seus colegas de cela deixavam a calça semi-abaixada como forma de "sinalizar" esse desejo! Se isso é verdade eu não sei, mas foi suficiente para eu deixar esse hábito de lado. Eu, hein! Laughing

Sabe que esse tema sempre me intrigou demais, demais, como meu relato revela. Eu ficava impressionado como os colegas de escola tinham essa ousadia enquanto eu tinha tantos pudores. Aquelas atitudes de quando estava sem camisa no parque baixar a calça tinha a ver com interpretar o personagem que eu queria ser, queria que as outras pessoas me olhassem e achassem que eu era como os outros garotos. Curioso isso, tinha que fingir, não podia simplesmente ser.
Sobre essa lenda de que isso surgiu em presídios, tem muita cara de teoria conspiratória. Talvez até tenha sido assim, mas hoje em dia é uma maneira dos rapazes terem sensualidade, visto que antes sensualidade masculina era uma coisa muito discreta, na geração atual isso é bastante incentivado.
Lamento não ser mais adolescente e não poder aderir a esse hábito mais. Quer dizer, talvez até poderia, em algumas situações específicas. Por vezes acontece sem a gente querer. Um dia recente tive de gravar uns vídeos com uns amigos e lá estava a minha bermuda caindo e a cueca super a vista, coisa que só notei quando vi o vídeo, ali eu nem tava notando que estava. Fico pensando: será que isso é ridículo? Consigo me passar por uns 25 anos (um adolescente onde eu prestei no serviço no começo desse ano me falou isso sobre o carnaval, após eu ter lamentado pra ele não ser mais jovem: "ah, mas você tá tranquilo, se você disser que tem uns 24, 25, todo mundo acredita fácil"), mas ao mesmo tempo penso: um cara acima dos 30 deixando a cueca a mostra como se fosse adolescente, será que não é o cúmulo do nonsense? Bom, carnaval que me aguarde, hahaha.
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Sex 1 Nov 2019 - 15:01
Ricardo_tac escreveu:Renan,  você  nem imagina  como  me  sinto  lisonjeado por  ter  sido o  incentivo a que você abrisse  seu  coração aqui  conosco ! pois é falando com outros iguais, colocando pra  fora o que temos explodindo no peito, que nós  mesmos  nos  curamos ! E  quando nossos  relatos  de  experiências  ajudam  outras  pessoas , é  uma  sensação  maravilhosa  de compartilhamento, de pertencimento,    de  tête-a-tête  ,  como  estivéssemos  em  grupo de  auto-ajuda ,  em  uma  psicoterapia  coletiva !!!

Sim, Ricardo, o ambiente aqui lembra o de uma psicoterapia coletiva, onde os depoimentos são a base. E bem como você falou, algumas coisas quando são expostas, parece que perdem um pouco do poder quase sobrenatural que possuem de nos deixar tão chateados.

Ricardo_tac escreveu:Analisando  o seu  caso,  numa  rápida  análise,    seu  caso parece menos  grave  do  que  o  meu :  vc  tirava  a  camisa  quando  criança,  adolescente,    nas  praias,  piscinas,  viveu  descamisado  com  os  colegas quando  estudou  fora (  experiência  q  eu  não  tive ) ,  viveu  uma  "  amizade  colorida " por  muitos  anos  (  experiência  que  eu  não  tive !!!! minhas  experiências sexuais  antes  do casamento  foram  pífias !!!) (  sorte (??)  que  eu  casei  relativamente  cedo !!),  e ,  eu  acho  que  sua   " maior  "  preocupação  no  momento , ela  não tem  um  fundamento físico  real ! Eu  diria , permita-me  fazê-lo  ,  que  você está  muito  preocupado  com  o  físico  do  seu  corpo,  com  obesidade,  gordurinhas,   pneuzinhos,  só quer  sair  sem  camisa  se  tiver  corpo  sarado, ... o  que  não  é  verdade (  embora  o  seja  na  nossa  cabeça ) ,  pois  na  sua  foto,  seu  corpo  está  ótimo !!!! Eu  vejo  passarem  pelas  ruas,  homens  obesos  mórbidos,  com  seus  barrigões   balançando de  fora,  peitos  maiores que  de  muitas  mulheres,  e eles  não tão  nem aí...portanto,   grava  a  frase  :  A  VERGONHA  NÃO  ESTÁ  NA  GORDURA,  ESTÁ  NA  NOSSA  CABEÇA  !!!!  (  essa  frase  merecia  um  meme !!!)  e  essa  frase  deve  ser  um  norteamento  para  todos  nós,  mesmo  para  os  magros,  porque  os  magros  envergonhados  vão  colocar  a  vergonha  em  outras  coisas ! (  e  eu também  vejo pelas  ruas  magérrimos  com seus  ossinhos  aparecendo  e  não  tão  nem  aí !)

Primeiramente, agradeço bastante pelo retorno que deu a respeito da foto que postei!
E agradeço muito também pela tua análise do caso, e é curioso porque já teve amigo que me disse: "você se preocupa demais com o corpo". Preciso mudar essa relação que tenho com o meu físico, essa rejeição quase gratuita. Tá na hora de ser amigo do corpo que me abriga. A vergonha está demais na nossa cabeça, e como comentei ao Lucas acima, após ter postado aqui no domingo eu andei pensando sobre, e notei que esse sentimento de rejeição já se manifestou em outras situações - como a situação que citei dos jogos de basquete na Educação Física, onde eu achava que eu não deveria estar ali, que a minha presença ali era errada, já que eu não jogava tão bem e na minha cabeça QUALQUER UM ALI jogava super melhor que eu. Isso pode ser facilmente estendido a esse tema de vergonha do próprio corpo, achar que tudo bem os outros, mas o meu jamais. A vergonha, como você disse, está na cabeça.

Ricardo_tac escreveu:Então,  vamos agora  ao  que  indicaria  para  vc :  1-  aceitar  seu  corpo  como  ele  é,  q  é  um  corpo  legal,  e sabendo  q  a  vergonha  está  na  cabeça !   2-  porém,  é  claro  q  um  corpo  "  sarado "  é  muito mais  bonito  de  se  olhar ,  e  de  se  mostrar, e portanto  se  vc  quiser  fazer  ginástica,  academia,  vai  ficar  melhor  ainda   e  vai  te  dar  mais  autoconfiança .   3-  e  é  claro q  pela  saúde,  devemos  emagrecer  mesmo,  então  melhora  mesmo  sua  alimentação,  vc  falou  de  cortar  refrigerantes,  etc..corta  mesmo !!!  4-  e a   terapia  comportamental: em  algum  caminho  que  vc estiver  fazendo,  como  para  o  seu  curso,  tira  a  camisa um  minuto,  depois  2 minutos,  depois  3,  depois  4,5,6,...até  vc  se  acostumar  mais,  e,  não  pode  pensar  -Sera´ q  eu  tiro,  será  q  eu  não  tiro ???   tem  q  quando  ver  q  pode,  tirar  no  mesmo  segundo,  sem pensar, foi  assim  q  eu  fiz,  pq  quando  eu  pensava,  não  tirava nunca !!!
5-  vejo  q  sua  preocupação  é  o  carnaval  de  2020,  q  é  a  mesma  de  mostrar  o  corpo  sarado ! se  você  se  esforçar  em todos  os  itens  anteriores, vc  vai  estar  melhor  em  corpo,  em  cabeça,  e  vai  curtir  bem  o  carnaval !!! mas,  mesmo  se  continuar  com  o  corpo do  mesmo  jeito, vc  tem  q  curtir  também,  e  tirar  a  camisa  quando  quiser  pois  já  está  estimulado para  isso ,  nem  q  seja  pela " terapia  comportamental "  !

Gostei bastante do passo a passo, em especial do final do passo 4 que é: "NÃO PENSE". Tem um disco do Pato Fu chamado "Não pare pra pensar". Vou lembrar disso. Se a gente para pra pensar, não o faz. A gente encontra mil razões pra não fazê-lo, e se não encontrar, inventa.

Ricardo_tac escreveu:6- vou  contar  um  pouco  mais  do meu carnaval,  já  q  foi isso  q  te  interessou :
quando  criança,  e  adolescente,  ficava  só  babando  os  meus  colegas  indo pra  carnaval fantasiados  de  índio,  só  de  tanga,  e  peitos  de  fora,  e  eu  ,  criado  com uma  educação prêsa,  ficava  trancado  em  casa  todo  vestidinho !! mesmo  quando  cresci,  e  casei,  as  vezes  ia  "  dar  uma  volta "  pra  ver  o carnaval, mas  nem  me  passava  pela  cabeça  " curtir  sem  camisa " !!  

Olha, não faz ideia do quanto a identificação é extrema, foi exatamente isso que eu senti no carnaval de 2019, me veio uma frustração tão grande, vendo os garotos descamisados, de tanga, vi também caras por volta dos 30, expostos, e eu de camiseta e bermuda me sentia como se estivesse todo agasalhado. Curioso que eu tinha participado do carnaval 2017, mas na época nem pensei nisso, e 2018 também participei e na época além de estar muito concentrado em outros assuntos da época, também estava com uma paquera bem sucedida que nem me chamou a atenção esse tipo de coisa.
Mas já o carnaval de 2019, acredito que por conta de redes sociais, antes mesmo do carnaval eu já tava com alguns problemas de autoestima, lamentando não ser mais tão jovem, achando que minha época "já tinha ido", frustrado, o que foi ruim, bem chato, ao mesmo tempo que considero que eram luzes sendo jogadas às coisas, jogada na realidade, pra eu perceber certas coisas, perceber que certas oportunidades que estou tendo agora, um dia realmente não as terei mais então preciso aproveitá-las.
Confesso que tenho um pouco de saudade dos anos de 2017 e 2018 pois eu estava mesmo preocupado com outras coisas que não envolviam corpo, tava preocupado com a nova carreira que tinha escolhido após pedir demissão do emprego terrível em 2016, tive paqueras na época, situações dos batimentos cardíacos voltarem a acelerar como na adolescência... tenho saudade de estar focado nessas coisas, pois em 2019 estão sendo outras coisas que tão ocupando minha cabeça. Por um lado penso: "fica tranquilo Renan, você muda de ideia rápido sempre, as coisas na tua cabeça vem, semeiam e vão embora, logo esses pensamentos de agora sobre corpo, juventude, se mostrar, vão embora, e serão outras suas preocupações". E às vezes acho que isso não acontecerá nunca. Enfim, já abri um outro assunto dentro do assunto. Tenho esse problema de viajar fácil e me estender nos detalhes, como já perceberam.

Ricardo_tac escreveu:..mas,  quando  entro  no  metrô,  todo  mundo  sem camisa ,    mas  eu  fiquei  com  vergonha ( !!)  de  tirar  lá  dentro, mas  pensei  :  na  volta  vai  ter  !!!  fui à  praia, e   depois  fui  passear  pelo  bloco  perto  da  praia, eu  já  sem camisa,  e  como  eu  não  achei  uma  toalha  de  praia,  peguei uma  toalha de  praia  fininha  da minha mulher,  e  na  hora  do  bloco  me  enrolei  nela,  e fiquei  parecendo  fantasiado  de  havaiano !!!! Maravilha !!! eu  fantasiado !!!!  aí  fui  pegar  Metrô !!  e  já entrei  sem camisa ,  me sentindo  incluído,  fazendo parte  da  galera,   e  com  o  sarong !!  nesse dia  por causa  do  bloco,  deu  uma  confusão danada  no  Metrô,  estava  lotado, os  trens  lotados,  os  trens  paravam  na  estação,  eu  fiquei  um  tempão  na  plataforma,  todo  suado,  de  sarong,  aí  me  lembrei  do  Pita  Tafuatofua  ,  aquele  descamisado  oleado  de  Tonga  da  Olimpíada ,  e  eu  me  senti  q  nem  ele :  de  sarong,  peito  a  mostra  todo  suado,  oleado, deslizante, brilhando,  cheio  de  areia !!!!! Que  Experiência !!!! Aí  consegui  entrar  no  metrô,  e  pela  primeira  vez   na  vida  sentir  o  vento  frio  do  ar condicionado   batendo no  meu peito  de  Pita !!  Mas, o  Metrô  lotado,  todo  mundo  sem camisa ,  um calor  danado ,  que  numa  outra  estação  eu  tentei  mudar  para  um  outro  vagão q  tava  mais  frio !!!  e  voltei  pra  casa  , cansado,  mas  feliz pela  vitória !

Que legais essas experiência, que satisfação que você pôde viver isso!
Sem camisa no metrô, espero muito consegui-lo no carnaval 2020, tenho dúvidas pois moro em São Paulo e aqui a cultura é um pouco diferente do Rio. Não me lembro de ver gente sem camisa no metrô especificamente. Mas de poder ficar na rua, já será um grande feito!
Tava pensando isso desde domingo: qual a última vez que fiquei sem camisa em público sem ser na praia ou na piscina? Simplesmente não lembro, huahaha. Tá na hora de mudar isso.

Ricardo_tac escreveu:...uma  hora  estava bem  ao  lado  do  carro e levantei  um  pouco  a  máscara  pq  tava  me  sufocando, e  vi um cara  tirando  fotos do alto  do  Trio  Elétrico!!  E  não  é  que  eu  saí  no  site  deles ????

Vi a foto e é sempre curioso isso de que vemos multidão, pessoas e pessoas, e mal imaginamos que ali no meio pode haver alguém com história bem parecida com a nossa, complexos parecidos, dificuldades parecidas, pra quem aquele momento está sendo uma libertação. Foi bom terem tirado a foto e publicado-a no fim das contas, pois será a tua recordação.

Ricardo_tac escreveu:Você  está  com  planos  para  carnaval  2020 ,  quanto  a  mim,  acho  que  não  vou  fazer  mais  nada  não !!!  Já  tive  essas  experiências  todas,  não  sei  se  vou  querer outras !!

Te confessar que eu espero que após o carnaval 2020 eu me sinta exatamente assim como você: já satisfeito, sem vontade de ter essa experiência de novo. Que seja um tipo de "resolvi, pronto". Pra entrar num novo capítulo, buscar coisa nova, pois apesar de ter achado bom essas coisas terem vindo a luz nesse ano de 2019, ao mesmo tempo, como falei acima, sinto falta de me preocupar com outras coisas, objetivar outros tipos de coisas, pensar mais na minha carreira e em outras coisas. É engraçado, eu vejo foto minha de 2017, 2018, e parece um tempo um pouco distante, eu não tava tão preocupado com isso, tava lidando bem com os 30 anos, tava buscando melhorar na carreira, tava buscando experiências que não estavam nada relacionadas com isso de corpo, eu tava pouco pensando nisso na verdade.
Aliás, 2018, acho que foi um ano de pouca vaidade, talvez por conta de ter tido uma relação bem sucedida (que terminou em amizade).
2019 comecei a pensar muito nisso de "vou envelhecer, já não sou mais tão jovenzinho, e agora??", a me preocupar mesmo com isso, me comparar com rapazes jovens, aumentou o meu complexo com o meu corpo, algumas outras inseguranças também, levei um chacoalhão e estendi o plano para o carnaval 2020 visto que o carnaval 2019 me deixou bastante mal em algumas situações na época. Quem sabe esteja prestes a resolver isso e passar pra um novo capítulo.

Agradeço bastante por ter compartilhado o teu relato do carnaval de forma mais detalhada, me gerou ainda mais vontade de cumprir esse tal projeto carnaval 2020, e sabendo a tua história, tendo lido sobre dificuldades que teve, me deixou bastante satisfeito saber que pôde experienciar isso, desfrutar desse direito! E obrigado também por tantas palavras de incentivo, como disse ao Lucas, fico bastante surpreso, num mundo onde o pessoal faz fila pra dizer que você não deveria, que você não conseguirá, que você deveria saber o seu lugar, aqui a postura é totalmente contrária! Espero conseguir participar e ajudar também outros caras a desfrutarem desse direito ao bem estar e à liberdade!
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Sex 1 Nov 2019 - 15:35
Lebre escreveu:Eu gostei muito do texto porque eu me identifiquei bastante. Atualmente estou com 25 anos e sinto que desperdicei muito da vida, rsrsrs. Apesar de mais jovens que muitos de vocês, várias vezes fico pensando "caramba se fosse mais novo" e por pensar demais nisso acabei me cansando e voltando a pensar "porque não faço tal coisa agora?!".

Lebre, 25 anos e já com essa ideia que desperdiçou muito da vida?
Bom, em partes entendo pois aos 25 eu lembro de sentir que estava "velho" (mal sabia eu), afinal não era mais vinte e poucos, já era vinte e cinco, faltando meia década pros 30, e isso me pareceu uma contagem regressiva. Bobagem! Pura bobagem. Quando fiz 30 lembro de me achar muito jovem. Não tive crise dos 30 aos 30, só foi vir aos 32. A cultura tá mudando. Hoje em dia as pessoas de 60 anos já são muito diferentes das pessoas de como eram as pessoas de 60 anos nas décadas passadas. Isso vai ficar cada vez mais comum. E tenho notado, pelas pessoas da faixa dos 30 que conheço, que os 30 estão sendo uma nova descoberta, um momento de chave virar.
Vi, por exemplo, uma amiga que sempre foi evangélica, gordinha, que casou cedo com cara que conhecia da igreja, que teve altos problemas de autoestima (conheço desde nossos 15 anos), teve uma reviravolta depois dos 30 que nem parece mais a mesma pessoa. Se separou e mudou muito de aparência, muito. Ficou muito bonita. De comportamento também. Ela antes tinha umas ideias um tanto moralistas, atualmente é bem pegadora, descolada, solta. E tenho aprendido com ela sobre como as pessoas estáticas reagem mal às mudanças dos outros. Ela conta que muita gente estranha, não a reconhece, porque a mudança do outro de certa forma reflete o teu estado inerte.
Comentei ao Lucas mais acima sobre um canal de calistenia que comecei a acompanhar meses e meses atrás. O rapaz dono do canal, após meses de alimentação certa e exercícios, tá com o corpo muito mudado, é um negócio impressionante. Isso deixou-me um pouco mal? Lógico, pois isso reflete a minha não-mudança. Passou o tempo igual pra ambos, ele mudou e eu não.
Mas enfim, tudo isso só pra dizer que: relaxa, tem muito, mas muito tempo ainda pra você "aproveitar", e você na verdade sabe bem disso. 25 é pura juventude. E, dizem, é a fase que o homem está mais bonito.

Lebre escreveu:Aquele comentário de "coisa inédita de vê-lo sem camisa" me assusta um pouco para ser sincero, contudo comparado com ano passado, hoje me sinto um pouco mais confiante, porém não ousado o bastante para tirar a camisa e sair andando por qualquer canto como gostaria.

Esse tipo de comentário É UMA MERDA!
No relato contei da vez que, ao meus 16 anos, voltando pra casa após ter saído de bermuda pela primeira vez em muito tempo, minha mãe até interrompeu a conversa que estava tendo ao telefone pra falar "ué, você saiu de bermuda?" e ainda enfatizou pra pessoa com quem conversava: "é, o Renan chegou e está de bermuda! que coisa inédita". Isso na época me constrangeu demais, é uma bosta, embora saiba que nem sempre as pessoas estão comentando isso por mal, mas é algo que nos expõe mais, que evidencia a nossa dificuldade. Porque tudo que a gente quer com esse tipo de atitude é parecer normal: o que eu queria era parecer um garoto normal que usa bermuda quando tá calor. Mas aí alguém evidenciando o quanto isso era incomum, expõe o contrário.
Lembro de, nos meus 15 anos, minha mãe assistindo um vídeo meu feito na praia, comentar: "Nossa, o Renan sem camisa! A gente nunca vê isso né?". Também me deixou extremamente constrangido e desconfortável, e depois ainda comentou: "Ah, você fica bonitinho com esse shorts que tá aí" (no vídeo da praia). Nossa, de lembrar disso eu já fico mal! Que bela merda. Tem alguma coisa nisso, eu devo ter algum problema nessa coisa familiar, pois é um ambiente onde esse tipo de coisa me dá uma extrema vergonha.

Fato é que eu gostei tanto de usar bermuda que no meu tempo de faculdade o comentário era o contrário: quando eu estava de calça, as pessoas diziam "nossa, o Renan de calça? hoje tá frio mesmo então". Esse comentário não incomodava muito. Eu sinto muito calor e prefiro mil vezes uma bermuda a uma calça, calça é só pros dias que não está calor ou então que exija, um evento, etc. Acaba sendo até legal usar calça em algum evento pela raridade, gera um efeito com a imagem que a pessoa tem de mim de sempre de bermuda.
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Sex 1 Nov 2019 - 15:43
Renan escreveu:Não sei se você tem intenção de fazer atividades físicas, de dar uma mudada, mas se você tiver interesse, tem um canal de YouTube de calistenia feito por um rapaz bastante magro, em que ele dá umas dicas de alimentação e também de exercícios. É aqueles canais que funcionam como um diário e o último vídeo que ele postou, nessa semana, me surpreendeu como ele tá forte. Impressiona mesmo. Tem treinos específicos pra pegar massa, sem precisar frequentar uma academia. Ele só tem uma barra em casa, coisa que eu precisarei encontrar algum lugar que haja uma disponível, parque, praça, algo do tipo, pois depois de dar uma secada inicial quero começar a fazer uns exercícios de calistenia também. Caso haja interesse, passo o canal, mas existem vários outros também onde pode pegar dicas, e você tem a vantagem grande de não precisar secar. Mas, claro, só se for do teu interesse. Não existe nada mais inconveniente do que pessoas se metendo onde não foram chamadas, falando "por que você não faz isso?", se intrometendo e querendo cuidar das nossas vidas enquanto elas mesmas não cuidam das próprias. Longe de mim querer ser essa figura, hahaha.

Eu já andei vendo algumas coisas nesse sentido, mas não é algo a que eu pretenda me dedicar agora. Claro que eu gostaria de engordar um pouquinho, ganhar massa, mas não é prioridade por enquanto. Agradeço pela sugestão.

Renan escreveu:Os tempos atuais estão com uma coisa complicada pois tem pessoas se dizendo "contra o politicamente correto" e isso muitas vezes vira uma desculpa para ofender. Não vejo como ofensas podem ser uma coisa positiva. Esse nome "politicamente correto" sugere ser uma coisa chata, aí tem quem usa desse fato pra falar "a sociedade anda chata, não se pode mais '''''brincar''''' com ninguém", só que quem é que mede isso? Sempre digo que o politicamente INcorreto só é divertido quando não é com você. Quando mexem com algum complexo teu, algo que te ofende mesmo, uma fraqueza, aí nota-se o perigo de ficar estimulando esse tipo de atitude. Enfim, esse tema é meio político, mas veja só que curioso, aqui nesse fórum a gente usa dessa espécie de "máscara" pra justamente podermos ter respeito uns com os outros, uns com os depoimentos e dificuldades do outro. Foda. Convívio em sociedade tem dessas.

O problema do politicamente correto é que esse discurso tem ido longe demais. Hoje em dia, qualquer coisinha que você diga já ofende, magoa, traumatiza. Tem alguns casos que beiram a insanidade! As pessoas parecem que estão cada vez mais sensíveis e tenho notado isso especialmente nas gerações mais novas que a nossa.

Creio que, ao invés do politicamente correto, o que precisa existir é o bom e velho bom-senso. Eu não me importo com zoações em que as pessoas digam para eu tomar cuidado quando estiver ventando, pois o vento pode me carregar. Levo isso super na esportiva. O que não pode acontecer é o sujeito me dizer que eu me pareço com as crianças miseráveis e famintas da África ao me ver pela primeira vez sem camisa! O babaca que me disse isso, ouviu poucas e boas! Isso não é coisa que se diga! Existem certas coisas com as quais não se deve brincar. Mas, eu também vou parar por aqui para o assunto não ficar político demais.

Renan escreveu:Um cabeleireiro que conheço que é todo fã desses assuntos de linguagem corporal, "o corpo fala", coisas como aquelas do canal Metaforando, me disse que já reparou isso um pouco em mim, que quando estou entre desconhecidos eu tenho uma postura bastante defensiva, retraída, de quem quer não se fazer perceber ali. Ele disse que talvez seja algo que aconteceu na minha infância, alguma ou algumas situações de rejeição.
Trazendo isso pra temática do blog e a expandindo, acho que é uma coisa a ser trabalhada.

Eu chamaria isso de... timidez! Não acho que seja mais complexo que isso. Eu mesmo sou assim às vezes.

Renan escreveu:Antes de ontem tive de ir a pé até um lugar, e decidi que ia "manter a pose". Peito estufado, cabeça erguida, confiança. De camisa, apesar do calor extremo que fazia, mas ereto e esbelto. Notei que isso tem um impacto grande no psicológico, você começa a se portar assim, e começa a se sentir assim mesmo. Só que isso durou pouco: trombei com um casal jovem cheios dos beijos, cujo rapaz de regata tinha corpo bem mais em forma que o meu, e ao passar ao lado deles, ele num impulso tirou a moça do meu lado e se colocou no lugar. Tipo: eles estavam andando ele pro lado da calçada e ela pro lado da rua. Eu estava prestes a passar do lado dela. Quando faltava pouquinho mesmo pra isso e ele me viu, tirou bruscamente ela dali e colocou ela pro lado da calçada, passando ele do meu lado. Me deprimiu um pouco isso, não sei bem o porquê. Tomei como uma espécie de rejeição, acho. Sei lá. Acho que na minha cabeça eu interpretei que o problema, o que causou isso, foi o meu corpo fora de forma, ou a minha já não tão juventude como era o caso deles (eles deviam ter por volta de uns 18). Sei que fiquei meio na bad, ao mesmo tempo que um lado meu achou um pouquinho legal, um lado que quis acreditar que a postura que eu havia adotado de cabeça erguida, presença e confiança tinham dado uma intimidada, mas é muita pretensão achar isso. Ou, vai ver, o cara simplesmente teve um impulso de defesa, viu um cara bastante alto prestes a passar ao lado da namorada/ficante, e a levou pro lado da calçada. Talvez seja egolatria achar que tudo foi tão calculado baseado em corpo, idade ou postura.

Não acho que foi rejeição, ou algo do tipo. O cara apenas não quis que outro homem passasse ao lado da namorada dele. Só isso.

Renan escreveu:Ótima sugestão! Problema é que tenho pouquíssimas, raríssimas mesmo, camisas de botão, hahahaha

Hora de ir às compras, hehehe! Tem um modelos de camisa que são bem casuais, com cores e estampas, e fica legal de usar aberta.

Eu não contei aqui, mas sabe aquele assunto de não usar bermuda, que eu só usava em casa, mas jamais saía de bermuda. Então, faz apenas um ano que voltei a sair na rua de bermuda! E sabe por quê? Para me estimular a sair sem camisa na rua! "Como assim?", você pode perguntar. Então: eu queria começar a sair na rua sem camisa, mas eu achava esquisito sair por aí sem camisa e de calça jeans. Um calor, sem usar nada da cintura para cima, mas "agasalhado" da cintura para baixo? Não combinava. Só saí assim na rua uma única vez - que foi a primeira. Aí eu decidi que estava na hora de usar bermudas e, como as que eu já tinha em casa estavam muito surradas, fui comprar bermudas novas só para isso! Desde então, só passei a ficar sem camisa se estivesse de bermuda.

Renan escreveu:Lamento não ser mais adolescente e não poder aderir a esse hábito mais. Quer dizer, talvez até poderia, em algumas situações específicas. Por vezes acontece sem a gente querer. Um dia recente tive de gravar uns vídeos com uns amigos e lá estava a minha bermuda caindo e a cueca super a vista, coisa que só notei quando vi o vídeo, ali eu nem tava notando que estava. Fico pensando: será que isso é ridículo? Consigo me passar por uns 25 anos (um adolescente onde eu prestei no serviço no começo desse ano me falou isso sobre o carnaval, após eu ter lamentado pra ele não ser mais jovem: "ah, mas você tá tranquilo, se você disser que tem uns 24, 25, todo mundo acredita fácil"), mas ao mesmo tempo penso: um cara acima dos 30 deixando a cueca a mostra como se fosse adolescente, será que não é o cúmulo do nonsense? Bom, carnaval que me aguarde, hahaha.

Hahaha, às vezes eu também tenho essas neuras, me perguntando se eu ainda "tenho idade" para fazer certas coisas. Mas não acho que seria ridículo alguém da nossa idade sair por aí com a cueca aparecendo, especialmente quando não se aparenta a idade que tem. A impressão que dá é que hoje a "adolescência" vai até os 40 anos. Se você comparar o pessoal de 30 anos hoje com o pessoal de 30 anos da época de nossos pais dá para notar bem, como era diferente o comportamento. Logo, acho que se você fizer algo "de adolescente" hoje, ninguém vai ligar.
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Ricardo_tac
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Sex 1 Nov 2019 - 18:51
kkkk...desculpem ,  mas  eu  tenho  q  rir !  Não o  riso  irônico  dos  zombeteiros,  mais  o  riso  compassivo  de  quem  bem compreende  as  dúvidas que  ainda lhes passam  pela cabeça !  Vocês preocupados  em  estarem  "  velhos " !!  Vcs  tão  novos !!   Ah,  meus  32  anos,  ou  33 !!! Pois eu ,  do  alto  da minha  idade,  posso  lhes  assegurar :  A  vida  começa  aos  40  !!! Pois  foi  mais  depois  dos  40    que  eu  comecei  a  olhar  pra  mim  mesmo,  pois antes  era  só  estudo,  trabalho,  preocupações,  as  quais  desviavam  o  foco  da  auto-atenção . Quando  a  gente tem  tempo  para  pensar  que  a  vida  tá  passando, é que  a  gente se  dá  conta de  que ou  faz  agora ou  nunca  mais . E  aos  40 , e depois, você  está  mais  livre  das  preocupações  da adolescência ou  de  adulto-jovem, e  já  adquiriu mais  maturidade e mais  vivência e  mais  experiência.  Portanto, vocês  ainda  estão  em  processo  de  amadurecimento, ainda  numa  fase  de muitas  dúvidas, e  o  bom  da  história é  que  o tempo  está  a  favor de  vocês, e  muito  aprendizado  ainda  vem  por  aí !  A  vida  inteira  ainda  pela  frente !  Até  eu  ainda  não  me  sinto  "  completo" ,  ainda  estou  aprendendo,  aprendo  até  com  vocês.  E  em  relação  ao  foco do  forum,  há  apenas  2  anos  eu  era  completamente  diferente  do  que  sou  agora,  achava-me  único nos meus problemas, e não  compartilhava  isso  com  ninguém ! Em  apenas  dois  anos pude perceber  que  meus  problemas  não  eram  únicos,  senti-me  incluído  em  um  grupo  que tem  as  mesmas  ansiedades e  incentivei-me a realizar  experiências nas  quais  nunca  havia  nem pensado  e  me  sinto mais auto-comprendido,  auto-aceitado, auto-analisado, auto-ajudado . Portanto, continuem vocês  em  seu  processo  de  progressão  e  curtindo  tudo  a  que  têm  direito  no  momento  atual  da  época  de  vocês,  pois  o  vento  os  está  conduzindo para  cada  vez  mais  alto  e  a  cada  vez mais  vocês  estarão  cada  vez  melhores !  Eu, por  mim, também  espero  aprender cada  vez  mais  da Vida e  também  continuar  nesse  processo  de  progressão !
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Sex 1 Nov 2019 - 22:17
Ricardo_tac escreveu:kkkk...desculpem ,  mas  eu  tenho  q  rir !  Não o  riso  irônico  dos  zombeteiros,  mais  o  riso  compassivo  de  quem  bem compreende  as  dúvidas que  ainda lhes passam  pela cabeça !  Vocês preocupados  em  estarem  "  velhos " !!  Vcs  tão  novos !!   Ah,  meus  32  anos,  ou  33 !!! Pois eu ,  do  alto  da minha  idade,  posso  lhes  assegurar :  A  vida  começa  aos  40  !!! Pois  foi  mais  depois  dos  40    que  eu  comecei  a  olhar  pra  mim  mesmo,  pois antes  era  só  estudo,  trabalho,  preocupações,  as  quais  desviavam  o  foco  da  auto-atenção . Quando  a  gente tem  tempo  para  pensar  que  a  vida  tá  passando, é que  a  gente se  dá  conta de  que ou  faz  agora ou  nunca  mais . E  aos  40 , e depois, você  está  mais  livre  das  preocupações  da adolescência ou  de  adulto-jovem, e  já  adquiriu mais  maturidade e mais  vivência e  mais  experiência.  Portanto, vocês  ainda  estão  em  processo  de  amadurecimento, ainda  numa  fase  de muitas  dúvidas, e  o  bom  da  história é  que  o tempo  está  a  favor de  vocês, e  muito  aprendizado  ainda  vem  por  aí !  A  vida  inteira  ainda  pela  frente !  Até  eu  ainda  não  me  sinto  "  completo" ,  ainda  estou  aprendendo,  aprendo  até  com  vocês.  E  em  relação  ao  foco do  forum,  há  apenas  2  anos  eu  era  completamente  diferente  do  que  sou  agora,  achava-me  único nos meus problemas, e não  compartilhava  isso  com  ninguém ! Em  apenas  dois  anos pude perceber  que  meus  problemas  não  eram  únicos,  senti-me  incluído  em  um  grupo  que tem  as  mesmas  ansiedades e  incentivei-me a realizar  experiências nas  quais  nunca  havia  nem pensado  e  me  sinto mais auto-comprendido,  auto-aceitado, auto-analisado, auto-ajudado . Portanto, continuem vocês  em  seu  processo  de  progressão  e  curtindo  tudo  a  que  têm  direito  no  momento  atual  da  época  de  vocês,  pois  o  vento  os  está  conduzindo para  cada  vez  mais  alto  e  a  cada  vez mais  vocês  estarão  cada  vez  melhores !  Eu, por  mim, também  espero  aprender cada  vez  mais  da Vida e  também  continuar  nesse  processo  de  progressão !

Você está certo, não importa quanto tempo nós temos, sempre é tempo em que estamos aprendendo e lidando com nossas inseguranças e progredindo em nossas consciências
Lucas S
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Dom 17 Nov 2019 - 11:42
E aí, Renan, como vão as coisas? Tem progredido bastante nos seus planos? Faz tempo que você não nos traz novidades.

Não esquece que você sempre pode contar conosco. Se precisar de alguma força para levar o plano adiante é só dizer aí e a gente dá um jeito de ajudar! Wink
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Seg 18 Nov 2019 - 0:05
Lucas S escreveu:E aí, Renan, como vão as coisas? Tem progredido bastante nos seus planos? Faz tempo que você não nos traz novidades.

Não esquece que você sempre pode contar conosco. Se precisar de alguma força para levar o plano adiante é só dizer aí e a gente dá um jeito de ajudar! Wink

Fala Lucas S! Primeiramente, obrigado pela lembrança e pela mão estendida! Adivinhou um tanto do que tem ocorrido.

Realmente estou há um tempo sem postar, rotina por aqui ficou complexa nas últimas semanas (na minha área atual, essa época de fim de ano é a mais cheia). Essa semana que está entrando agora será daquelas que MUITA energia mental será exigida, nesse final de domingo tô aqui respirando fundo pois não vai ter jeito, as obrigações virão e é preciso encará-las. Bom é que tudo passa.

A respeito dos planos, houveram alguns contratempos, que eu não posso justificá-los como razão completa da minha falta de ação afinal a culpa maior é eu mesmo, falta de costume com exercícios e minha dificuldade de mudar hábitos relacionados à comida. Acho um absurdo tamanha dificuldade para conseguir mudar hábitos pois revela ser escravo das vontades mais irracionais.

Da parte dos contratempos, peguei duas micoses, uma na virilha e outra no pé, potencializadas com o calor excessivo que fez em São Paulo no final de outubro. Consegui marcar consulta e estou tratando ambas rigorosamente, embora seja algo que demore pra sarar. Minha ideia era começar a frequentar a piscina de um clube público que descobri perto de casa, mas para tal é preciso fazer exame médico e com essas micoses com certeza não serei aceito. É preciso tratar isso primeiro. Nadar queima muita caloria. Sei que vou estranhar bastante no começo, afinal aos 18 anos eu estranhei quando comecei a nadar (ficava muito cansado, os olhos ardiam, etc), mas depois peguei o hábito.
Não sei se será possível dar umas braçadas pra valer lá pois como é clube público e vai entrar o período de férias escolares, talvez a piscina esteja sempre muito cheia. Verei.

Porém, poderia já estar fazendo algo, já ter começado algo desde o final de outubro até aqui, em termos de exercícios. Passei a primeira semana fazendo certinho todos os alongamentos para reacostumar-me com exercícios, mas depois fui por vezes pulando um dia sem, dois, fazendo no outro, aí desregulou muito e ainda tá desregulado. É preciso forçar a ser um hábito.

Fiquei feliz pois ontem peguei um vídeo para iniciantes em calistenia, um vídeo teste, onde eram passados alguns exercícios testes para ver se conseguia fazer. Consegui fazer todos, um deles com dificuldade, mas foi feito. Isso deu uma certa revigorada no ânimo.

Como ainda não é possível nadar, vou buscar reduzir açúcares, fazer esses exercícios de iniciante, e alguma outra atividade pra queimar. Essa semana será uma semana meio difícil, tem muitos afazeres e preocupações rolando ao longo dela, a coisa vai melhorar a partir da próxima. Mas vou tentar já nessa semana ao menos ter uma introduzida nesses novos modos.

Quero dia 27 de novembro colocar uma outra foto aqui, atualizando a que coloquei dia 27 de outubro. Não haverão grandes mudanças, mas esse compromisso pode ser útil.

Uma coisa que percebi nessas últimas semanas, comentando com pessoas conhecidas (familiares e amigos) sobre calistenia, exercícios, notei que as pessoas podem ser 8 ou 80 nisso. Teve quem relatei a respeito por exemplo dessa experiência com o vídeo de calistenia para iniciantes, que riu num tom de "tá bom que você vai fazer isso". Também, amigo com quem comentando semanas atrás sobre o assunto tratou com certo desdém de "mas você nunca foi de fazer exercício".
Ao mesmo tempo, houve amigo com postura bastante diferente dessas citadas, bem como vocês aqui.

Uma lição tirada dos retornos negativos é: não fale demais para muita gente. Não anuncie coisas que não estão acontecendo ainda. Tem gente que forma fila na tua frente pra dizer que não. Não quero deixar de experienciar viver um outro tipo de realidade. Tentar usar isso ao meu favor.

Mais uma vez muito obrigado pela tua mensagem e boa vontade, todas elas sempre serão bem vindas!


Última edição por Renan em Seg 18 Nov 2019 - 1:33, editado 1 vez(es)
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Seg 18 Nov 2019 - 0:22
Ricardo_tac escreveu:kkkk...desculpem ,  mas  eu  tenho  q  rir !  Não o  riso  irônico  dos  zombeteiros,  mais  o  riso  compassivo  de  quem  bem compreende  as  dúvidas que  ainda lhes passam  pela cabeça !  Vocês preocupados  em  estarem  "  velhos " !!  Vcs  tão  novos !!   Ah,  meus  32  anos,  ou  33 !!! Pois eu ,  do  alto  da minha  idade,  posso  lhes  assegurar :  A  vida  começa  aos  40  !!! Pois  foi  mais  depois  dos  40    que  eu  comecei  a  olhar  pra  mim  mesmo,  pois antes  era  só  estudo,  trabalho,  preocupações,  as  quais  desviavam  o  foco  da  auto-atenção . Quando  a  gente tem  tempo  para  pensar  que  a  vida  tá  passando, é que  a  gente se  dá  conta de  que ou  faz  agora ou  nunca  mais . E  aos  40 , e depois, você  está  mais  livre  das  preocupações  da adolescência ou  de  adulto-jovem, e  já  adquiriu mais  maturidade e mais  vivência e  mais  experiência.  Portanto, vocês  ainda  estão  em  processo  de  amadurecimento, ainda  numa  fase  de muitas  dúvidas, e  o  bom  da  história é  que  o tempo  está  a  favor de  vocês, e  muito  aprendizado  ainda  vem  por  aí !  A  vida  inteira  ainda  pela  frente !  Até  eu  ainda  não  me  sinto  "  completo" ,  ainda  estou  aprendendo,  aprendo  até  com  vocês.  E  em  relação  ao  foco do  forum,  há  apenas  2  anos  eu  era  completamente  diferente  do  que  sou  agora,  achava-me  único nos meus problemas, e não  compartilhava  isso  com  ninguém ! Em  apenas  dois  anos pude perceber  que  meus  problemas  não  eram  únicos,  senti-me  incluído  em  um  grupo  que tem  as  mesmas  ansiedades e  incentivei-me a realizar  experiências nas  quais  nunca  havia  nem pensado  e  me  sinto mais auto-comprendido,  auto-aceitado, auto-analisado, auto-ajudado . Portanto, continuem vocês  em  seu  processo  de  progressão  e  curtindo  tudo  a  que  têm  direito  no  momento  atual  da  época  de  vocês,  pois  o  vento  os  está  conduzindo para  cada  vez  mais  alto  e  a  cada  vez mais  vocês  estarão  cada  vez  melhores !  Eu, por  mim, também  espero  aprender cada  vez  mais  da Vida e  também  continuar  nesse  processo  de  progressão !

Bastante legal teu depoimento, Ricardo! Realmente, tenho uma amiga de 46 anos que disse que "essa década dos 40 tá sendo a mais feliz da vida". Que legal saber que as experiências partilhadas no fórum ao longo dos teus anos de participação ajudaram a ti a enxergar coisas que estavam nebulosas e fizeram com que você se conduzisse à uma nova visão sobre você mesmo e tua história. E haverão mais histórias por vir!
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Seg 18 Nov 2019 - 1:42
Grato pelo retorno, Renan.

Eu entendo, fim de ano é sempre corrido mesmo. Aí o foco tem que ser mesmo na área profissional. Está certo você.

No meio do ano, tive micose nas costas. Eu nunca tinha tido isso, não sabia o que era e demorei mais de um mês para procurar um médico! Depois que comecei a tomar os medicamentos, levou pouco mais de um mês para a micose sumir. O médico pediu para retornar assim que eu terminasse o tratamento, para ele avaliar se estava totalmente curado. Voltei lá, ele disse que estava tudo OK e que a micose tinha sumido por completo. Mas, no local onde estava a micose, tinha ficado uma marca. O que o médico recomendou para me livrar dessa marca e recuperar a coloração da pele? Tomar sol! Traduzindo: ficar sem camisa! Na primeira oportunidade, lá estava eu sem camisa no sol, feliz da vida!

Quanto aos exercícios, compreendo perfeitamente como é difícil manter o hábito. Requer muita disciplina! Por isso eu disse, lá no começo, que o ideal seria achar mais alguém para fazê-los junto com você, porque daí um não deixa o outro parar. Tinha que dar um jeito de traçar alguma meta, de curto prazo, porque aí fica mais fácil você segui-la.

Quanto a falar as coisas para os outros, certa vez alguém me ensinou que jamais devemos ficar "anunciando" para os outros o que pretendemos fazer (para no fim acabar não fazendo). Devemos comentar apenas sobre o que estamos fazendo atualmente ou o que acabamos de fazer. Isso mudou bastante a minha maneira de executar as coisas.

Mas é isso aí. Fico feliz em saber que você segue atuando em busca de seu objetivo, ainda que inicialmente não haja uma regularidade. É só continuar fazendo, que tudo vai se ajeitando!
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Seg 20 Jan 2020 - 15:47
Feliz ano novo, com atraso.
Os meses de novembro e dezembro foram bastante agitados - na área que atuo atualmente, a época de final de ano é a qual mais as coisas ficam malucas - e aí nesse início de janeiro viajei, portanto, acabei deixando de lado os relatos por aqui. Perdão pelo desleixo.
Fiz questão de voltar aqui e continuar o relato pois muitas coisas que li por aqui, nos retornos que me deram às postagens, foram bastante úteis. Isso por exemplo que o Lucas S disse na última postagem de "jamais ficar anunciando aos outros o que pretendemos fazer para no fim acabar não fazendo" é algo pra se lembrar sempre. Citando apenas uma coisa que é mais próxima, mas tiveram várias outras coisas que foram bastante boas de ler por aqui.

Atualizando então como andam os planos:
Novembro e dezembro foram desastrosos pois tinha muita coisa para fazer, muita energia requisitada, e nisso acabei apelando demais para doces e companhia, além de hábitos como o cigarro e preguiça de fazer qualquer exercício. Além das confraternizações de final de ano que envolvem muita comida e bebida alcoólica.

Fato curioso que aconteceu em dezembro: um dos locais para o qual presto serviço teve uma confraternização em uma chácara no interior de São Paulo, e lá havia piscina. Antes mesmo de ir eu já tinha pensado "nem a pau entrarei na piscina. com esse corpo aqui? no way". Mas sabia que ia dar vontade então, por via das dúvidas, levei uma bermuda extra para o caso de não resistir entrar na água.
Lá eu notei algo que já havíamos discutido por aqui e eu deveria ter lembrado: existem vários tipos de corpos. Na real, não tinha UM sequer corpo no padrão perfeito de beleza lá. Eram todos corpos normais e alguns até mais "fora de forma" do que o meu caso.
Tirei a camisa e entrei na piscina, por sinal aproveitei bastante, e me surpreendi um tanto comigo mesmo, pois uma coisa é você se descamisar diante de pessoas desconhecidas, já ali era todo mundo conhecido, 80% mulheres e garotas, portanto, me surpreendeu a tacada de "foda-se".

PORÉM...
Final de dezembro algo de bastante impacto me aconteceu.
Recebi uma proposta de viajar para a praia, na casa que alguns parentes tem no litoral de SP. Como seria uma viagem familiar, pensei "vou ver se falo pelo instagram com alguém que esteja lá, aí faço amizade e terei alguém pra sair". A intenção nem era exatamente buscar alguém pra transar, era uma amizade mesmo pra não ficar na dependência de parentes com quem eu nada converso.
Busquei então no instagram o nome da cidade litorânea e selecionei pra ver as fotos que eram recentes de lá.
Logo de início apareceu um rapaz de 20 e poucos anos com o corpo bem "em dia". Baixo um pouco, tem dois rapazes jovens com o mesmo perfil: braços fortes, barriga tanquinho, o perfil completo. Baixa mais, uma moça na faixa dos 30 com o corpo todo bem feito.
Fiquei muito, muito mal. Cancelei e nem viajei naquele final de dezembro. Tive no dia seguinte uma gripe forte que durou quase até o dia 31, e não sei se é drama achar que pode ter sido causada por conta do quão pra baixo fiquei ao ver essas fotos, mas me passaram diversas ideias suicidas pela cabeça com certo poder, tive vontade de desaparecer.
Cheguei a conversar com um amigo, relatar o quão ruim tinha ficado, e ele me falou: "Bom... você tem cabeça de jovem mas teu corpo não está acompanhando isso. A juventude de hoje não está mais se entupindo de lasanha, hamburguer, fumando a rodo, bebendo a rodo. Meu primo de 16 anos não toma refrigerante, vai na academia todos os dias, e está super em forma. O meu outro primo de 15 também não come besteira, já criou músculos, passa creme na pele todos os dias, não tá marcando bobeira. A nossa juventude foi autodestrutiva, mas a de hoje está diferente".

Pensei bastante sobre isso e até conversei com mais pessoas sobre.
No meu tempo tive mesmo vários amigos autodestrutivos, fases de drogas e muito álcool, era cool ser junkie, ser descolado, estar sempre "louco". Hoje em dia apesar de existir muito do que chamam de "zé droguinha", eu noto que hoje a preocupação com estar em forma é um tanto maior, acredito que por conta das redes sociais. Uma amiga que é professora do Fundamental e Ensino Médio diz que os jovens hoje em dia estão diferentes, já desenvolvidos bem cedo, preocupados. Antes essa preocupação era mais feminina, hoje em dia a vaidade masculina também está em alta.

Todas essas informações causaram já no dia 1 de janeiro o início da mudança.

Já no dia 1 de janeiro peguei no YouTube exercícios de alta queima calórica para fazer e tenho feito todos os dias. Viajei com amigos agora em janeiro por 1 semana (não para a praia, e sim interior), mas lá havia uma piscina então busquei compensar nadando.

Recomendo demais para quem quer perder peso buscar esses vídeos de exercícios no YouTube. Caso alguém ler isso e quiser que passe links, passarei.
Me surpreendeu como são úteis e estão ali disponíveis de graça.
A queima calórica é muito alta, faço durante 1 hora e saio pingando como se tivesse pulado na piscina. Além do que é bastante divertido. Por muito tempo eu tentava emagrecer caminhando. Em 2011, conforme relatei no começo desse tópico, tive no 2o semestre uma relação na qual ela vivia reclamando por eu estar acima do peso, aí eu saía caminhando altas distâncias e não mudava nada. Acredito que caminhada não é tão eficiente pra queima de caloria. É preciso que seja uma atividade que mexa o corpo todo, que exija bastante de você.
Comecei a fazer isso já no dia 1 de janeiro, sem perder mais tempo.

Cortei o refrigerante e o cigarro também nesse 1o dia do ano. Não vou dizer que nesses primeiros 20 dias não tomei nenhum gole de refrigerante e nem fumei nenhum cigarro pois o fiz, mas refrigerante foi apenas um dia em que fui a um evento que só tinha refrigerante pra tomar, e cigarro pois viajei entre amigos e um deles fuma, acabei filando alguns. Mas já completará 1 semana sem cigarro.

Refrigerante já não sinto falta, cigarro sinto um pouco quando termino uma refeição (tenho há anos o hábito de fumar após as refeições), mas está sob controle. É um gasto de quase R$ 100 por mês, se botar isso no ano, é R$ 1200 por ano. Sei que se for em algum evento social do tipo festa vai me dar vontade de fumar mas do dia a dia cortei e espero conseguir manter cortado.
Doces é algo que eu ainda tenho uma certa dificuldade em tirar do dia a dia, até porque em casa sempre tem, volta e meia não resisto e acabo indo pegar algum. Ontem me deu muita vontade mas eu disse a mim mesmo que não precisava, e se você esperar a vontade acaba passando em boa parte das vezes.

O segredo é: gastar mais caloria do que ingerir. Se alguém estiver lendo isso e quiser emagrecer, esse é o segredo. Não adianta ingerir quase nada de caloria, comer feito passarinho, e não fazer nada. Só vai ficar indisposto, fraco, e propício a ficar gripado com mais facilidade. Tem que comer direito nas refeições e gastar bastante caloria, mais caloria do que foi ingerida. Li e assisti vários vídeos sobre o tema e a síntese principal é essa.

Exercícios no começo eu ficava muito dolorido, atualmente tem sido bem menos já. Fica um pouco ainda, mas é pouco.

As mudanças físicas não foram tão surpreendentes até então, mas já apareceram algumas pequenas. Quando ouvi outras pessoas comentando que eu tinha dado uma "desinchada", que meu rosto tinha secado um pouco, vi que os resultados são mínimos mas já são alguns.

Uma foto tirada hoje, para comparar com a anterior postada meses atrás:

Projeto Carnaval 2020 01_20_10

As mudanças não são tãããão grandes, ainda tem muita gordura pra queimar, a definição segue nula, mas já deu uma desinchada.
Notei que tirar "besteiras" e refrigerante do cardápio ajuda bastante até em você não ter desconfortos no estômago (coisa que eu sentia bastante).
E também notei que fazer exercício deixa a cabeça da gente melhor, mais saudável.

Tem muito pela frente ainda, muito mesmo, e nem sei se até o Carnaval 2020 haverá um shape que considero "agora sim", mesmo porque ainda não comecei com exercícios de definição. Tô muito concentrado em queimar gorduras, mas vou tentar até o final de fevereiro fazer o melhor que der. Se não rolar no carnaval, paciência. É como um amigo meu diz: ganhar ou ganhar. Se não ganhar um shape minimamente interessante até o carnaval, ao menos já estarei em algum ponto do caminho.
Renan
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Seg 20 Jan 2020 - 16:02
Algo que esqueci de comentar:

Como citei, em janeiro viajei com amigos para a casa de outro amigo no interior de SP, e no condomínio havia piscina.
Às vezes eu ia e voltava sozinho por querer nadar, e quando voltava, voltava sem camisa, e sempre encontrava no caminho moradores do condomínio e gostava disso, até hoje ainda me causa o efeito da pessoa olhar e achar que eu sou "normal", que não tive complexos em ficar sem camisa na infância e afins. Sempre acho que a pessoa vai achar que eu sempre fui solto e desencanado como eu sempre quis ser.

Algumas postagens pra cima eu havia lançado aqui a questão do: será que já passei da idade de deixar a cueca aparecendo? Será que após os 30 isso não fica ridículo?
E o Lucas S, como sempre inteligente nas discussões, respondeu:

"às vezes eu também tenho essas neuras, me perguntando se eu ainda "tenho idade" para fazer certas coisas. Mas não acho que seria ridículo alguém da nossa idade sair por aí com a cueca aparecendo, especialmente quando não se aparenta a idade que tem. A impressão que dá é que hoje a "adolescência" vai até os 40 anos. Se você comparar o pessoal de 30 anos hoje com o pessoal de 30 anos da época de nossos pais dá para notar bem, como era diferente o comportamento. Logo, acho que se você fizer algo "de adolescente" hoje, ninguém vai ligar."

Tá aí mais uma das coisas que foi bem boa de ler por aqui! Que ajudou bastante!
No último dia ali na piscina eu estava por baixo da bermuda de nadar com uma cueca que acho bonita, pensei "ah, é bonita demais pra ficar só dentro da bermuda". E taca-le a bermuda mais baixa. Por coincidência esse dia estava tendo uma pequena confraternização na churrasqueira próxima da piscina, tinha gente que eu desconhecia e acabei conversando tanto na piscina como fora dela, gente que passava e cumprimentavam, e eu ainda fico super entusiasmado com isso, ainda aqueles pensamentos de "devem estar achando que sempre fui normal".

De quebra ainda tirei uma foto assim com a bermuda baixa e postei no instagram. Pensei umas 30 vezes antes de fazer afinal muitos familiares me seguem no instagram, gente que me conheceu nos últimos anos não tá acostumado a me ver em tais condições, mas, "foda-se". Tá ali. Quem sentir incômodo, que deixe de me seguir Laughing
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