Sem camisa no exército

Uma experiência difícil é a de cumprir o serviço militar obrigatório tendo vergonha de ficar sem camisa...
Logo no começo, todo dia você é obrigado a tirar a camisa para fazer atividades físicas e trabalhos braçais, muitos em público, com gente de fora olhando inclusive.
Já imaginou ter de capinar mato, sem camisa, sem nunca ter feito isso. Trabalhar que nem peão, dentro e fora dos muros do quartel, sem camisa. Quando é dentro já é difícil, mas fora, com todo mundo olhando...
Engraçado é que se sente mais vergonha de ficar sem camisa em público do que no banho, com todo mundo nu. Ali nem dá vergonha, porque está todo mundo do mesmo jeito. Mas e expor sem camisa, principalmente em público, é duro.
Alguém aqui passou por essa experiência?

Bem-vindo, Excadete.

Apesar de não ter servido ao Exército, já passei por experiência parecida. Sei bem como é ter de ficar sem camisa em público quando se tem vergonha.

Como já contei aqui, já tive que tirar a camisa na escola, durante a aula de Educação Física, diante de meus colegas e fiquei muito constrangido, a ponto de não conseguir nem olhar para as outras pessoas!

Hoje eu já consigo andar sem camisa na rua ou ficar sem camisa em frente de casa enquanto corto a grama e arranco o mato da calçada, com várias pessoas passando por mim. Mas até mesmo nessas situações em que voluntariamente tiro a camisa às vezes bate uma certa timidez.

Mas, conte-nos mais. Como é a sua relação com ficar sem camisa hoje? Ainda tem vergonha ou já conseguiu superar?

Olá, Lucas.
Que bom que não teve de servir o Exército.
Escrevo aqui porque acho que essa experiência é única para os que têm vergonha de ficar sem camisa.
Mistura tudo: a vergonha sem camisa, a raiva e o constrangimento de estar fazendo trabalho braçal de forma obrigatória, a zoeira dos superiores...
"Aí, vida dura, hein", "Gostando da vida de peão?"...dizem os superiores idiotas (COM CAMISA, que raiva desse contraste) para os recrutas sem camisa, suando...isso já seria constrangedor, imagine quando se tem vergonha.
Ainda não teve como superar. Por isso queria saber se alguém experimentou essa experiência aqui para conversar a respeito.

Excadete escreveu:Mistura tudo: a vergonha sem camisa, a raiva e o constrangimento de estar fazendo trabalho braçal de forma obrigatória, a zoeira dos superiores...
"Aí, vida dura, hein", "Gostando da vida de peão?"...dizem os superiores idiotas (COM CAMISA, que raiva desse contraste) para os recrutas sem camisa, suando...isso já seria constrangedor, imagine quando se tem vergonha.

Pois é. O pessoal faz isso de propósito mesmo. A fim de fazer a pessoa se sentir para baixo. Para quem é tímido, que já se sente inferior por natureza, é ainda pior. Sem camisa então, que faz a pessoa se sentir "desprotegida", nem se fala!

Por isso que a minha primeira providência buscando perder a vergonha de ficar sem camisa em público foi procurar situações que fizessem me sentir "superior" às outras pessoas. Por exemplo, quando está muito calor, eu, estando sem camisa, me vejo em uma situação muito melhor do que quem está totalmente vestido. Enquanto estou totalmente à vontade, as outras pessoas estão passando calor, talvez até querendo estar como eu, mas não podendo naquele momento, por algum motivo.

Ou então quando eu estou sem camisa em uma situação em que ninguém mais teve coragem de tirar. Procuro pensar que eu é que estou em uma situação de superioridade por ter tido coragem de ficar sem camisa quando ninguém teve.

No fim das contas, vai muito da maneira como nós encaramos a situação. Às vezes se faz necessário inverter a maneira como vemos isso, ainda que possa parecer (ou realmente ser) um autoengano.

Essa estratégia é muito boa, Lucas. Sentir superioridade numa situação em que você pode ficar sem camisa e os outros (que talvez até gostariam) não podem.

O problema que relato porém apresenta um desafio diferente: você ser obrigado a ficar sem camisa numa situação de inferioridade, com seus superiores ou chefes com camisa.

O fato de estar COM CAMISA, nesse caso, demonstra uma situação de superioridade: ele é o chefe, com camisa, e você é o peão, sem camisa.

Isso acontece no exército, mas acho que pode acontecer em outras situações de trabalho. Por isso é que eu gostaria de trocar por aqui com alguém que passou por situações semelhantes. Como se recuperar disso?

Excadete escreveu:O problema que relato porém apresenta um desafio diferente: você ser obrigado a ficar sem camisa numa situação de inferioridade, com seus superiores ou chefes com camisa.

O fato de estar COM CAMISA, nesse caso, demonstra uma situação de superioridade: ele é o chefe, com camisa, e você é o peão, sem camisa.

Isso acontece no exército, mas acho que pode acontecer em outras situações de trabalho. Por isso é que eu gostaria de trocar por aqui com alguém que passou por situações semelhantes. Como se recuperar disso?

Aí creio que não tem muito o que fazer. Você é obrigado a fazer o que não quer, é colocado em situação de humilhação e ainda não pode reagir... Vai fazer o quê? Você fica de mãos atadas mesmo e só lhe resta enfrentar a situação. Infelizmente, é assim.

O que não pode é deixar que uma situação em que você foi obrigado a ficar sem camisa impeça que você decida ficar sem camisa por livre e espontânea vontade. Aí entra a minha estratégia de buscar situações em que você se sinta superior sem camisa nesse caso.

Mas, OK, vamos aguardar para ver o que os demais colegas de fórum têm a dizer sobre o assunto...

Quando entrei para o exército os sargentos e tenentes mandaram todos os recrutas tirarem as camisas , mas disse que não tirava pois não estava me negando a fazer o exercicío disse que poderia estar até nu mas se a pessoa estivesse alguma habilidade a roupa não seria problema 

Disse que pideriam fazer o que quiser , até atirar em mim mas correria do jeito que estava
Poderiam atiear o corpo era meu 
Aí o tenente me puniu disse para todos correrem 20 voltas que eu sozinho completaria as 100 voltas sozinho , deixou 2 soldados apitando no meu ouvido me xingando , mas corri de camiseta mesmo 
Depois de uns sete dias me dispensaram